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Novo modelo de televisores

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23/07/2014

Após 63 anos de produção nacional e 41 de fabricação local, as empresas do PIM (Polo Industrial de Manaus) deram neste ano adeus a era do cinescópio. As populares televisões “de tubo” tiveram sua última produção no mês de maio deste ano, dando lugar exclusivo aos televisores de tela fina. Outra novidade é que até mesmo a televisão de plasma, primeiro lançamento que substituiu os modelos antigos, está com os dias contados para ser extinta das prateleiras comerciais.

Os Indicadores de Desempenho do PIM mostram que até o mês de maio pouco mais de 4 mil televisões de tubo foram produzidas pelo distrito industrial. A assessoria de comunicação da Suframa informou que somente a Semp Toshiba Amazonas S.A. e a Philco Eletrônicos S/A. estavam com produção ativa para esse modelo de televisor. Mas, as duas fabricantes informaram que as linhas que produziam as antigas televisões já foram encerradas, dando lugar à montagem dos aparelhos que apresentam a tela fina, que são plasma, LCD e LED.

Segundo o diretor de vendas da Semp Toshiba, Luis Freitas, a última remessa de televisões de tubo foi produzida em abril deste ano com o intuito de atender a encomendas. Freitas conta que a desaceleração das linhas de montagem teve início no segundo semestre de 2013, momento em que os consumidores demonstraram os primeiros sinais de desinteresse pelo produto. “Os preços das televisões de tubo chegaram a estar equiparados aos investimentos feitos em uma de tela plana. Consequentemente, o cliente se sentiu atraído pelo novo aparelho. Não compensava mais produzir os modelos antigos”, explica.

De acordo com a gerente da Philco, Valdizete Lima, a fabricação das televisões de tubo encerrou há quase dois meses. Ela conta que a montagem seguiu um plano de produção que determinou a utilização da matéria-prima armazenada em estoque. “Precisávamos usar os materiais e componentes que ainda estavam retidos. Somente em maio produzimos mais de 3,6 mil aparelhos. Mas, atualmente não recebemos mais pedidos para esse modelo”, comenta.

Valdizete afirma que os novos aparelhos oferecem mais recursos tecnológicos além da melhor qualidade da imagem. Porém, ela ressalta que o investimento é maior. “Os componentes e as tecnologias utilizadas nesta fabricação encarecem o processo. Somente um painel de 32 polegadas, por exemplo, custa em torno de R$ 250”, enfatizou.

Conforme a Suframa, além da Semp Toshiba e da Philco, as seguintes empresas compõem a lista de ex-fabricantes do modelo antigo de televisão: LG Electronics do Brasil Ltda., Samsung Eletrônica da Amazõnia Ltda., Sat Bras Indústria Eletrônica da Amazônia Ltda. e Tectoy S.A..

Fim das televisões de plasma

A assessoria de comunicação da Samsung Electronics confirmou que há um planejamento para a ocorrência de mais uma transição, que é a paralisação da fabricação dos televisores de plasma até o final deste ano. A justificativa, segundo a empresa, é o atendimento às demandas do mercado. “A Samsung Electronics manterá o seu negócio de televisão de plasma até o fim deste ano, devido às mudanças nas demandas de mercado. A empresa continuará comprometida em oferecer produtos que atendam às necessidades dos consumidores. Dessa forma, a Samsung irá aumentar seu foco nas oportunidades de crescimento em aparelhos UHD e de tela curva”, disse a executiva de contas, Mariela Limeira.

Avaliação

Para o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Amazonas), Wilson Périco, a produção desses aparelhos é o item mais significativo no segmento eletroeletrônico do PIM. Ele explica que a migração de antigos para novos modelos de aparelhos é algo normal que é resultante do avanço tecnológico. Para isso, as empresas necessitam de pessoas qualificadas para os novos processos. “Essa mudança é algo normal. A cada dia a tecnologia avança. Então precisamos ter pessoas qualificadas para a absorção dessas inovações”, argumentou.

O vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, também admite que a produção de aparelhos televisores é um dos segmentos mais importantes do PIM. “É um dos segmentos mais substanciais do polo. É como um carro-chefe que vem seguido da produção de informática”, disse. “A produção das televisões de tubo não parou por uma questão pessoal, mas pelo surgimento de novas tecnologias. Hoje, quem comanda é a de led que proporciona alta definição”, completou.

História

O primeiro aparelho televisor brasileiro foi lançado em 1951 sob a assinatura da Semp Toshiba. Mas foi a partir de 1973 que a empresa, que na época era batizada como Semp Rádio e Televisão, experimentou grande crescimento, viabilizado pela inauguração da fábrica em Manaus. A fabricante tem uma história de 70 anos com a produção de eletroeletrônicos no país.

O diretor de vendas da Semp Toshiba, Luis Freitas, compara a transição da produção do aparelho de tubo para os modelos em tela fina à mudança das transmissões em cores, quando a imagem passou de preto e branco ao colorido. Ele concorda que a nova etapa industrial deixa um ar saudosista. Porém, o gerente afirma que é preciso pensar no futuro e na adequação dos produtos às novas tecnologias. “Houve um avanço na produção das telas finas porque o mundo eletrônico é acelerado.

A cada ano surgem novidades. Essa linha antiga nos deixou grandes lembranças e posso afirmar que o maior volume de vendas desses aparelhos em tubo foi fabricado pela Semp Toshiba”, avalia. “Agora é tempo de construir uma nova história, bonita, a partir das televisão de tela fina”, completou.

Fonte: JCAM

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