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Novo governador do Amazonas herdará economia 'desequilibrada’

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06/11/2018

Notícia publicada pelo Em Tempo Online

Déficit econômico nas contas do Estado, ameaças à Zona Franca de Manaus (ZFM), desemprego de, aproximadamente, 200 mil amazonenses, reajustes de servidores públicos estaduais da educação, saúde, segurança pública e setor primário, além do não pagamento de emendas impositivas de parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Esses são apenas alguns dos principais desafios econômicos que o governador do Estado eleito, Wilson Lima (PSC), terá que lidar a partir do dia 1º de janeiro de 2019.

Para que o equilíbrio das contas e dos serviços públicos sejam recuperados, segundo especialistas em economia, reformas profundas precisam ser realizadas. Mas como conseguir fazer tudo isso se o Estado está com déficit econômico? Para 2019, o orçamento do governo previsto é de R$ 17,9 bilhões, sendo 7,8% para o Poder Judiciário, 6,9% para o Legislativo e 3,9% para o Tribunal de Contas e Defensoria Pública do Estado do Amazonas.

O governador eleito do Amazonas, demonstrou estar atento às articulações nacionais que possam vir a afetar o modelo da Zona Franca de Manaus. Ao defender a inserção de novas matrizes produtivas na região, Wilson Lima informou que já está em contato com a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e com os governadores dos outros Estados para conter o desemprego e abrir novos postos de trabalho.

Lima diz que já expressou a sua preocupação quando se fala em alterar os incentivos que são inerentes ao Polo Industrial de Manaus (PIM).

“O nosso maior desafio é proteger a ZFM. O Amazonas não pode ser dependente de um só modelo econômico, temos potencial muito grande para atingir outros mercados. Estou buscando alianças com outros Estados, assumindo o compromisso de montar um bloco para lutar por interesses comuns e ter a garantia de Paulo Guedes (futuro ministro da área Economia) e do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que a Zona Franca não terá seus incentivos retirados”, afirma.

Lima também observa que a legalização da Feira do Paraguai é outra ameaça ao modelo ZFM. “O produto oriundo do exterior promove concorrência desleal aos fabricados no PIM. Como tem custo de produção menor (legislação trabalhista e tributária flexível, além de energia barata) entram no Brasil custando menos do que os produtos nacionais. O que já está posto na Constituição tem que continuar sendo respeitado. Esse é nosso pleito junto ao presidente da República eleito”, diz.

Para o doutor em economia e vicepresidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Nilson Pimentel, os desafios econômicos que Lima precisa enfrentar, a partir do dia 1 de janeiro, são enormes, uma vez que o déficit econômico influencia na saúde, segurança e educação.

“O novo governador do Amazonas está herdando uma economia desequilibrada. O Amazonas está com um desequilíbrio fiscal imenso e se o novo governador não tomar algumas providências em caráter de urgência, a situação pode ficar pior, uma vez que dependemos exclusivamente do Polo Industrial de Manaus (PIM). Sem o PIM, a economia amazonense não existe”, enfatiza Pimentel.

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