29/08/2019
Notícia publicada pelo Jornal A Crítica
O novo gestor do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Fábio Calderaro, disse ontem que quer readequar a autarquia de um centro de pesquisas aplicadas para um indutor de inovação para bionegócios da Amazônia.
O caminho, ele explicou, é usar o decreto de 9.283/18 como aparato de desburocratização.
Com a gestão pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), autorizada pelo Ministério da Economia, será possível unir recurso público ao privado.
“O CBA a vida toda precisou de recurso público para se manter e nunca teve ordenamento jurídico. O planejamento é usar a lei de Inovação, com o decreto ano passado definindo melhor a flexibilidade para criar incubadora, CTs (Centros de Pesquisa)…
A falta de personalidade jurídica fez com que não pudesse patentear as pesquisas, gerar negócios”, explicou.
Um estatuto à Receita Federal autorizando a criação de um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) será enviado, como um dos primeiros atos de gestão de Calderaro. A resposta é esperada para as próximas semanas.
Sobre a necessidade de descentralizar a economia do Polo Industrial de Manaus (PIM), o executivo con Pauta do Codam de R$ 667 milhões O conselho vai analisar 33 projetos industriais Fábio Calderaro durante o 1º Workshop de Apresentação dos Programas do Finep, no auditório do CBA, realizado ontem concordou que é preciso fortalecer outras cadeias econômicas através de estudos científicos, porém afastou essa competência do CBA.
“Já existe um arcabouço muito vasto de pesquisa aplicada, hoje. O CBA passa a ser um hub (conceito de polo que concentra ideias criativas), um centro de inteligência para gerar negócios. Vamos mapear o que está rolando no mundo em termos de demanda de bionegócio; quais os setores de maior interesse, e fazer o casamento com o conhecimento existente para atender o mercado”, acrescentou
Saiba mais
>> Reunião
Na última segunda, houve uma reunião com entidades acadêmicas e de cadeias produtivas do setor primário, como a Embrapa e a Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas. Calderaro foi nomeado no dia 2 de agosto no Diário Oficial da União como membro titular no grupo de gestão do CBA atender o mercado”, acrescentou.
Um chamamento público para incubação de startups e arranjos com empresas consolidadas é a meta para o gestor. Além de receber recursos da lei de Informática e verbas federais da Suframa, a autarquia também poderá firmar contratos de termos de cooperação com outras empresas.
Conforme aval do governo, Calderaro passa a assumir a gestão do CBA, acumulando a coordenação de planejamento e programação orçamentária da Suframa.