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[Artigo]: Novo ano, mesmos desafios

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25/01/2022

Paulo Takeuchi

Diretor executivo da Abraciclo

ptakeuchi@abraciclo.com.br

O calendário mudou e mais um ano se inicia. Nesse período, sempre desejamos que venham novos horizontes, dias melhores, renovação dos sonhos e das esperanças. Sobretudo, que os fracassos e insucessos não se repitam. Isso é muito positivo e salutar para todos, principalmente após os momentos difíceis e tristes ocorridos durante a pandemia e as consequências que ela nos trouxe.

Após comemorarmos o final do ano, animados e aliviados com a quantidade de pessoas vacinadas e a diminuição de casos da covid-19, eis que a doença retoma novamente em alta velocidade, infectando rapidamente milhares de pessoas e nos colocando em alerta. Com isso, mais uma vez, adiamos os planos de um maior número de atividades presenciais. Felizmente, a letalidade desta nova variante mostra-se mais branda e as internações e óbitos são menores. No entanto, o que nos preocupa é a quantidade de pessoas infectadas.

Já começamos a administrar dificuldades de produção nas indústrias, com a falta de pessoas devido ao afastamento pelo coronavírus. Ao mesmo tempo, enfrentamos problemas de abastecimento de componentes provocados pelos atrasos na liberação de mercadorias em função da greve do pessoal da Receita Federal, que adotou a operação padrão em todo o território brasileiro, além de falta de outros servidores em função do afastamento pela covid.

O setor de Duas Rodas encerrou o ano de 2021 com a produção de quase 1,2 milhão de motocicletas e 750 mil bicicletas, atendendo a uma demanda em crescimento. A alta é decorrente de fatores ligados à mobilidade urbana, como meio de transporte econômico e ágil nas grandes cidades e também nas áreas rurais, onde a versatilidade dos veículos tem se submetido a vários desafios.

O setor projeta crescimento de produção e vendas para este ano também, porém estamos cientes de que iremos enfrentar vários desafios que surgirão pela frente. A começar pela economia do País, onde todos os indicadores apontam para um ano de pouco ou até zero crescimento, inflação alta e taxas de juros ainda mais elevadas, com o dólar valorizado e os preços de matérias-primas e componentes em elevação. Além disso, há dificuldades na logística com os preços de fretes e serviços sendo reajustados em decorrência do aumento dos preços dos combustíveis e da inflação. Teremos que continuar ganhando em produtividade, apesar de todas as medidas implantadas para atender ao protocolo de segurança sanitária e dificuldades de abastecimento. É preciso também administraras questões fiscais e tributárias, enquanto as reformas estruturantes não saírem do papel, e todo o peso do Custo Brasil, com a burocracia e legislação defasadas. Estamos no ano eleitoral e logo mais começam as mudanças de cadeiras em todos os níveis de comando do executivo e legislativo, dificultando ainda mais o avanço das reformas tão necessárias ao Brasil.

Na verdade, se analisarmos friamente, são os mesmos problemas que temos há 20,30 anos. Portanto, são os mesmos desafios, que a cada ano precisamos enfrentar.

Felizmente o setor privado procura se desenvolver cada vez mais independente das ações do Governo, inclusive, muitas vezes, deixando de produzir aqui. Mas continuamos a acreditar que este é o país do futuro e que este futuro chegue logo.

Fonte: Acrítica

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