04/02/2019
Notícia publicada pelo Jornal Acrítica
Antônio Paulo
Com a promessa de guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e lealmente o mandato que o povo lhes conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil, os oito deputados federais e os dois senadores eleitos pelo Amazonas, nas eleições de 2018, respaldados por mais de 2,3 milhões de votos, tomaram posse nessa sexta-feira (1º).
A nova bancada do Amazonas é formada pelos deputados federais Átila Lins (PP-AM), Bosco Saraiva (SD-AM), Capitão Alberto Neto (PRB-AM), Delegado Pablo (PSL-AM), José Ricardo (PT-AM), Marcelo Ramos (PR-AM), Sidney Leite (PSD-AM) e Silas Câmara (PRB-AM). No Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) e Plínio Valério (PSDB-AM) chegam para um mandato de oito anos (2019-2027) e o senador Omar Aziz (PSD-AM) que fica no Senado até 2023.
À unanimidade, os dez parlamentares empossados elegeram como prioridade do mandato a defesa da Zona Franca de Manaus. “Na primeira reunião do meu partido, o PP, pedi apoio dos companheiros da bancada para enfrentarmos juntos todas as investidas contra o nosso modelo econômico porque não tem como aceitarmos essa nova política econômica do ministro Paulo Guedes, que visa diminuir os incentivos fiscais e fazer ampla abertura de mercado. Se for mesmo colocada em prática, vai prejudicar muito e nosso estado”, disse o decano da bancada, Átila Lins (PP-AM).
Para fazer a defesa intransigente do Polo Industrial de Manaus, o estreante no mandato de deputado federal, Bosco Saraiva (SD-AM), promete fazer uma forte articulação política na bancada do partido, o Solidariedade.
BR-319
O segundo desafio prioritário da bancada será a pavimentação da BR-319 principalmente porque o governo Bolsonaro não incluiu a Manaus-Porto Velho no programa estratégico de infraestrutura (R$ 100 bilhões) nos próximos quatro anos.
“Não somente eu, mas toda a bancada federal do Amazonas e da Região Norte temos que reagir a essa decisão completamente descabida. Daí, já termos agendado uma reunião, no próximo dia 5 de fevereiro, com o ministro da Infrestrutura, Tarcísio Gomes, que terá as presenças dos 11 parlamentares do nosso estado, de Rondônia, Roraima assim como dos governadores desses três estados”, declarou Silas Câmara.
O deputado Marcelo Ramos (PR-AM) elencou como suas prioridades ZFM, BR-319, telefonia e internet. No âmbito nacional, vai trabalhar pela reforma da Previdência, reforma tributária e combate à corrupção.
O senador Plínio Valério (PSDB) disse que o Amazonas precisa sair do isolamento geográfico. “Assim sendo, Zona Franca de Manaus e BR-319 são pautas obrigatórias. Um gigante como o Amazonas não pode e nem deve aceitar a forma insistem em nos tratar”, afirmou.
O senador Eduardo Braga, além da defesa da ZFM e da recuperação da BR-319, ressaltou a importância de reformas como a tributária. “Hoje o governo taxa salários, em vez de taxar rendimentos. Precisamos desonerar a produção para ver novamente o País crescer economicamente”, afirmou.
Segurança pública
O deputado Alberto Neto (PRB) elegeu como prioridade do mandato a área de segurança pública. Informou que está se articulando para ser o titular da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e vai travar uma luta para mudar o que classifica como “sistema ineficiente” do País; utilizar sua experiência do trabalho de rua e fazer mudanças na legislação federal com relação às áreas de fronteira e o sistema penitenciário. No setor econômico, defende investimentos na biodiversidade.
OPINIÃO
Deputado federal José Ricardo (PT-AM)
A gente vai representar o nosso Estado querendo somar na luta para cobrar investimentos do governo federal na infraestrutura, na logística, no apoio à Zona Franca, na geração de oportunidade de trabalho, mas também a nossa postura vai ser de cobrança, de fiscalização, de oposição a um governo que apresenta projetos que estão tirando direito dos trabalhadores. Estamos vendo, agora, mudanças administrativas que estão afetando os povos indígenas, com o desmantelamento da Funai. É um governo que não vai dar atenção à população mais pobre, com a retirada do ‘Mais Médicos’ que não tem perspectiva de retorno. Temos hoje muitas comunidades do interior do Amazonas, principalmente em áreas indígenas, que estão sem médicos.