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“Nossos colaboradores precisam ir e vir com segurança”, diz coordenador do "Anjos da Guarda", projeto do CIEAM e FIEAM

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22/04/2022

(Na foto: Conselheiro João Mezari, Comandante da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Marcus Vinícius e Presidente do Conselho Superior do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), empresário Luiz Augusto Rocha).

Por Fabíola Abess

imprensa@cieam.org.br

Diretor da Moto Honda da Amazônia e membro do Conselho Superior do CIEAM, João Mezari recebe reconhecimento da Polícia Militar do Amazonas ao colaborar com ações pela segurança dos trabalhadores da indústria amazonense

Destinada a autoridades civis e militares, a Medalha Tiradentes é entregue também a membros da sociedade que prestaram relevantes serviços à causa pública. A cerimônia de entrega da comenda foi realizada no Teatro Amazonas, nesta quinta-feira, (21). A solenidade militar homenageia Tiradentes, patrono das Polícias Militares do Brasil.

Após ser homenageado com a medalha Tiradentes, o Conselheiro concedeu uma entrevista rápida para a equipe da coluna Follow Up sobre o projeto, que tem avançado com parcerias, alinhamento com a PMAM e recebido principalmente apoio das empresas associadas ao CIEAM.

FUP - Como a Indústria se organizou para conceber protocolos de segurança para minimizar as ocorrências nas rotas?

O “Anjos da Guarda” foi concebido a partir de 2015 quando começaram a aumentar os roubos as rotas de ônibus do distrito. Eu como conselheiro do CIEAM, mais algumas pessoas - inclusive do sindicato patronal, conversamos na época com o Sérgio Fontes, que era o secretário de segurança e junto à equipe da Polícia Militar no (CICC) Centro Integrado de Comando e Controle, começamos os primeiros passos. Na época, o coronel Dan Câmara era o responsável e o major Vinícius que hoje é comandante geral da Polícia Militar trabalhamos em conjunto para definir temas para minimizar esses ataques aos ônibus do distrito.

FUP - A tecnologia tem sido aliada para conter o “pior”. Como essas ferramentas têm ajudado a minimizar as ocorrências?

Foi feito inclusive protocolos. Algumas empresas participaram de licitação pública para fornecer câmaras, fornecer botões de pânico aos ônibus. E tudo isso com ligação direta ao CICC assim que acionado. O que ainda nós queremos é que muitas empresas adquiram essas tecnologias que melhoraram muito nos últimos anos. As câmeras estão com alta qualidade na interligação com o ICC também está melhor, sempre que um botão de pânico é acionado a viatura mais próxima do local onde esse ônibus com rastreador é identificado uma patrulha vai para o local. Nós já seguimos evitando situações piores. O risco é muito grande né, de sequestro, houve sequestro de ônibus, risco de funcionárias serem atacadas, são coisas que podem acontecer. Infelizmente nos últimos tempos houve um aumento. Por cinco anos nós conseguimos reduzir o número de ataques às rotas, no ano passado aumentou, mas neste ano está um pouco menor que no ano passado. São mais de 2.500 rotas por dia em todas as ruas do distrito.

FUP - Como tem sido feito esse monitoramento de ocorrências? Onde a estatística é maior?

Principalmente nos bairros da Zona Norte e Zona Leste onde os ataques ocorrem com mais frequência e na parte do final da madrugada. Então nós fazemos um trabalho de estatística com mais de duzentas empresas, um grupo no WhatsApp está aberto para as empresas voltado somente para questões de segurança das empresas e dos colaboradores. Essas informações são levadas frequentemente para o Comando da Polícia e o secretário de Segurança, general Mansur e até para o Governo nós já apresentamos, contamos com o apoio dos presidentes da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva e Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco e Nelson Azevedo do Sindicato Patronal, esse apoio é muito importante para que a gente consiga mostrar a nossa situação. A gente sabe que o comando da polícia no Estado tem muitos problemas. Narcotráfico, os ataques a ônibus públicos e outras situações.

FUP - Qual o maior desafio enfrentado hoje pelo projeto Anjos da Guarda?

Nós precisamos mostrar que o distrito é muito importantíssimo para o Estado, mais 80% da arrecadação do Estado vem do distrito. Os nossos colaboradores precisam ir e vir com segurança. Então nós conseguimos uma parceria muito boa, que tem evoluído sempre. Atualmente com o coronel Vinícius que foi promovido a comandante geral da polícia, como ele está desde o início do projeto, então ele conhece tudo o que nós fazemos, o apoio tem sido muito grande. Mas como eu disse é algo difícil porque essas regiões, esses bairros são muito grandes. E é difícil fazer patrulhamentos, mas com o trabalho conjunto a gente tem evitado talvez coisas piores.

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