09/07/2015
De acordo com o secretário executivo de Inovação do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Marcos Vinícius de Souza, o trabalho do CBA deverá atingir empresas nacionais e estrangeiras.
"A gente vai focar em três principais pontos de atuação. O primeiro será destinado às empresas locais. Então, qual a demanda e necessidade que as empresas locais têm nessa área de biotecnologia, ou correlatas, que o CBA poderia suprir - seja em desenvolvimento de pesquisas ou prestação de serviços tecnológicos? O segundo ponto é para o resto do país.
Ou seja, que outras empresas poderiam vir para Manaus realizar pesquisas e projetos na região. Fazendo atrações de investimento para região. O terceiro ponto é de maior inserção internacional. [A ideia é] Conectar o CBA e o sistema com redes globais, desenvolvendo pesquisas de âmbito mundial", disse.
O secretário informou ainda que os bolsistas que atuam atualmente no CBA devem ser mantidos por pelo menos três meses. Segundo ele, o Inmetro pretende abrir edital para contratação de novos bolsistas ainda neste ano.
"A gente fez um planejamento para manter as bolsas atuais do CBA, e, daqui a três meses, lançar novos editais já com essa nova visão de inovação, de atendimento ao setor empresarial", acrescenta.
Uma das queixas dos pesquisadores que atuam no centro é falta de um CNPJ próprio do CBA. O secretário disse que a personalidade jurídica do centro só deve ser definida após o desenvolvimento de um planejamento.
"O CBA vai continuar, ou aumentar, suas operações. Então, a gente vai continuar mantendo [as pesquisas], e em paralelo vamos desenvolver o plano de negócio e modelo de negócio. A partir disso vamos desenvolver a personalidade jurídica mais adequada", finaliza.
Nova gestão
Um termo de execução descentralizada assinado em 16 de junho transferiu ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) a responsabilidade de administrar o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). O documento foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Até então, o CBA era gerido pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
A nova gestão ocorreu após o convênio com a Fundação de Defesa da Biosfera (FDB), que garante a manutenção do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) ter sido encerrado.
O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) está instalado em uma área de 12 mil m², no Distrito Industrial da capital. Durante os 13 anos de funcionamento, o local já chegou a abrigar cerca de 200 pesquisadores. Atualmente, as dificuldades no centro diminuíram este número para 48 cientistas.
Fonte: G1.com