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No AM, Dilma evita prazo para BR-319 e garante pressão pró-PEC da ZFM

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14/02/2014

A presidente Dilma Rousseff concedeu entrevista a emissoras de rádio de Manaus, na manhã desta sexta-feira (14), no Hotel Tropical, na capital. Durante aproximadamente meia hora, Dilma falou sobre o gargalo que envolve a rodovia BR-319, o programa 'Mais Médicos' e a postura do governo em relação a prorrogação dos incentivos do Polo Industrial de Manaus.

Dilma Rousseff iniciou a entrevista elogiando o estado. "Antes de ser presidente fui tornada cidadã amazonense. Fico feliz sempre que venho aqui. Não se pode governar o Brasil sem conhecer a região amazônica, em especial o Amazonas", afirmou.

Sobre a rodovia BR-319, que aguarda licenciamento ambiental para ter um trecho que liga o Amazonas à Rondônia restaurado, a presidente disse estar se esforçando para a entrega da rodovia, mas não deu prazo para as obras. "Todo mundo sabe que é uma questão complexa, que envolve licenciamentos ambientais dos mais variados possíveis, e os 800km, nos quais 400 estão completamente funcionais e o restante é o que nós estamos tratando de resolver, exigem uma compreensão que o grande gargalo é o licenciamento", explicou.

Para a presidente, é necessário conseguir as licenças ambientais antes de iniciar as obras, para que não corra risco de interdição. Durante a entrevista, Dilma cometeu ainda uma gafe ao afirmar que o Amazonas possui 20 milhões de habitantes, quando o estado tem cerca de 3,5 milhões, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012. "Temos que licenciar no mais rigoroso princípio de respeito às leis ambientais. Nós sabemos que aqui vivem 20 milhões de pessoas, e sempre vamos ter de equilibrar as exigências do meio ambiente e destas 20 milhões de pessoas. Essa obra complexa vai ter todas as questões resolvidas de forma muito efetiva dentro do meu governo. Eu não daria um prazo, daria um compromisso de equilibrar esses dois princípios: a necessidade do povo do Amazonas e do respeito ao meio ambiente. Na ZFM está evidenciado esse perfeito equilíbrio entre o respeito ao meio ambiente e a necessidade desses 20 milhões de amazonenses que aqui vivem", declarou.

 Sobre saúde, a presidente destacou a importância do programa Mais Médicos para o estado, que atualmente já beneficiou todos os municípios amazonenses, segundo Dilma. "Acho que o 'Mais Médicos' é uma questão de perceber que o Brasil não pode esperar. Nós estamos formando mais médicos. Ampliamos o número de universidades no país, e estamos dando todo o incentivo, mas não podemos esperar. As pessoas precisam de médicos. Se você for fazer uma avaliação da saúde, você vai ver duas coisas: questionam que não há médico e questionam também e exigem um atendimento mais humanizado, então o programa foi uma solução que nós construímos para este fato fundamental", destacou.

A presidente afirmou ainda que o programa federal foi a primeira iniciativa a resolver os problemas relacionados a saúde indígena no estado. "Para mim, a região mais beneficiada é a região Norte. Dos 62 municípios do Amazonas, 61 solicitaram profissionais. Até o mês de março, mais médicos vão estar chegando. Vem mais 150 médicos para o estado.

Já temos médicos em todos os municípios do Amazonas. Antes era dificílimo colocar médicos nos Distritos de Saúde Indígena (DSEI). Os médicos não ficavam, governador não conseguia pagar. Hoje temos 27 profissionais em DSEIs. Esse é um programa que coloca as pessoas no centro da questão".

A respeito da Zona Franca de Manaus, a presidente deixou a promessa de manter diálogos para que o Congresso Nacional aprove a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que mantém os benefícios do modelo econômico por mais 50 anos, até 2073. "Coloquei a PEC sempre na pauta das relações do governo para o congresso como propriedade.

Obviamente acredito na sensibilidade dos parlamentares para perceber que a ZFM tem um papel fundamental no Brasil, que é viabilizar para os 20 milhões de amazonenses um Polo Industrial limpo, sustentável e adequado para todos aqueles que tem compromisso com a preservação da maior floresta tropical do mundo. Na vida a gente não pode ter medo de lutar, então vou ter empenho do meu governo para aprovar isso ainda esse ano", disse a presidente.

Para Rousseff, a importância da ZFM em aliar desenvolvimento econômico e ambiental deve ser reconhecida internacionalmente. Após a União Europeia (UE) contestar os incentivos da ZFM na Organização Mundial do Comércio (OMC), a presidente anunciou viagem para debater o Polo Industrial. "Houve por parte da União Europeia uma atitude que considero extremamente contraditória com o discurso da UE sobre meio ambiente ao questionar a ZFM e o sistema tributário que dá sustentação à ZFM. Se eu sou a favor da redução de gases do efeito estufa, do desmatamento, como sustentar uma posição dessas de questionamento do sistema tributário? Quero dizer que meu governo acha legítimo e defenderá em todas as instâncias a ZFM. Também acreditamos que muitas vezes nesse processo começa uma discussão que pode ser resolvida sem que eles levem para painel. Já tivemos vários casos desses pleitos da UE que depois de debates as coisas mudam. Estarei na UE, possivelmente no dia 24 de fevereiro, e um dos temas da minha pauta é essa questão da ZFM", concluiu.

Agenda de Dilma em Manaus

Após a entrevista, a presidente seguiu para o bairro Santa Etelvina, na Zona Norte de Manaus, onde deve participar da inauguração do 'Viver Melhor', no Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus. Serão entregues 5384 unidades habitacionais do 'Minha Casa, Minha Vida', que devem beneficiar 21.536 pessoas.

Às 14h30, Dilma visitará as obras da Arena da Amazônia. O estádio está em fase de conclusão e, segundo o governador Omar Aziz, deve ser inaugurado em até 15 dias. Em seguida, Dilma entregará o Barco Escola Samaúma II, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Amazonas), na Estação Naval do Rio Negro – Comando 9º Distrito Naval, localizado no Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus.

Depois de cumprir os três compromissos, a presidente deve retornar à capital federal. Não há horário previsto para o voo.

Fonte: G1.com


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