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Negócios promissores em destaque no Amazonas

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26/09/2014

Dois exemplos bem sucedidos de negócios regionais foram destaques da 15ª Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade, promovida pela Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) durante esta semana. O tradicional sushi japonês feito à moda amazônica, com filé de tucunaré, manga e abacate, ponto alto no cardápio do restaurante oriental Shin Suzuran, e o projeto da empresa Ecoete – Tecnologias de Preservação Ambiental para despoluir os igarapés de Manaus a baixo custo, ganharam destaque no primeiro dia do evento. A mostra, que se iniciou na última terça-feira, no auditório da Suframa, ocorreu ainda durante toda a semana, com apresentação de 44 trabalhos inscritos nas modalidades Gestão e Processo.

Primeiro restaurante oriental a utilizar os peixes regionais nos pratos tipicamente japoneses, o Suzuran teve o seu “processo” apresentado na mostra pela proprietária, Maria Olinda Ferreira Takano. Ela demonstrou por que o restaurante vem recebendo há seis anos as premiações de melhor oriental de Manaus. Segundo Olinda, a aceitação do “sushi amazônico” foi tanta que as opções de peixes regionais são cada vez mais variadas no menu.

A novidade começou em 2006, quando, para participar do Festival Sabor Brasil, o restaurante desenvolveu um prato à base de filé de tucunaré, nori desidratado, arroz, manga, pepino, abacate, maionese, flocos de trigo e molho tarê, acompanhado por molho shoyo, ao qual deu o nome de “sushi amazônico”.

“O Shin Suzuran foi o restaurante japonês pioneiro em Manaus a utilizar comercialmente o peixe regional em suas criações, e tudo começou com este prato. O teste do produto foi no Festival Brasil Sabor de 2006, com total aceitação e aprovação do público presente e foi incorporado no cardápio”, explica Maria Olinda.

Segundo a sócia gerente do Suzuran, em 2010, o restaurante patenteou o Sushi Amazônico, o que deu mais visibilidade à empresa e aumentou a competitividade no segmento de comidas japonesas com toques regionais.

Preservação ambiental

Outro projeto de cunho inovador, entre os seis apresentados no primeiro dia da mostra, o da Ecoete Tecnologias de Preservação Ambiental, surpreendeu a banca julgadora e o público presente no auditório da Suframa, com a possível solução para despoluir e revitalizar os igarapés de Manaus. O diretor da empresa, Antonio Bento Neto, apresentou uma estação de tratamento de esgoto que utiliza matérias-prima naturais para filtrar e limpar a água.

“A estação é dotada de anteparas com tela de aço para fazer a filtragem dos resíduos sólidos, como garrafas, latas, sacos de lixo, seguido de uma base coberta por pedras de granito para criar um filtro biológico. O tratamento se completa com injeção de bactérias por tubos de ar comprimido, fazendo com que o esgoto seja biodegradado”, explica o idealizador do projeto.

Além das três etapas de filtro e tratamento desta estação, ela também é composta por uma ponte, onde agentes ambientais farão a coleta seletiva do material sólido. Segundo Antonio, o projeto piloto já foi desenvolvido dentro do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) que utilizou um protótipo da estação para o tratamento de um dos dois igarapés que cortam a área do instituto.

O diretor da Ecoete lembra que o projeto tem um custo bem menor que o desenvolvido pelo governo do Estado que gastou mais de R$ 1 bilhão para resolver o problema dos igarapés poluídos da zona central de Manaus, com a retirada da população, desapropriação dos imóveis das margens dos igarapés, construção de prédios residenciais, mas não resolveu o problema principal do real tratamento das águas poluídas.

“Para tratar os igarapés de Manaus seria necessário a montagem de 50 estações num valor de R$ 3 milhões cada. Valor relevante para esse trabalho ambiental que tornaria os igarapés da cidade limpos”, disse Antonio Bento Neto. Esta é a primeira vez que a Ecoete concorre ao Prêmio Qualidade Amazonas.

Indústrias revelam qualidade

A indústria também revelou qualidade nas inovações para a melhoria em seu processo produtivo, como a empresa Technicolor, que passou a mensurar as falsas falhas ocorridas dentro da fábrica nas máquinas de modelos TD5130v2, SH26B e DST722.

O coordenador de qualidade da empresa, Ricardo Tony de Jesus, explicou que a falha falsa é aquela em que o produto passa por uma nova avaliação, pois está fora de padrão e ao ser testado é identificada a normalidade do mesmo.

“Após a coleta de resultado, evidenciou-se que uma porção significativa de 65% dos defeitos mapeados foi classificada como falsas falhas”.

Essas falhas acarretavam interrupção do processo em várias linhas e retardava o tempo de produção. As falsas falhas eram decorrentes do operador que identifica um falso diagnóstico do produto.

“Para solucionar o problema, os processos de testes dos produtos foram automatizados, com desenvolvimento de softwares realizados pela própria equipe Technicolor, e os operadores foram preparados e reciclados, o que resultou num aumento de mais de 20% a 30% no volume final da produção, refletindo tanto no nível de qualidade quanto no de volume de produção”, ressaltou Jesus.

Outros benefícios alcançados no tratamento das falsas falhas foram redução de horas extras, mensurados de outubro de 2013 a março de 2014, com metas alcançadas logo no primeiro mês da melhoria do processo, tornando-se um exemplo para a empresa como um todo.

“A empresa teve um fluxo de caixa maior, pois o processo automatizado e com equipe treinada, aumentou a produção que antes era limitada e criou mais condição de venda dos produtos fabricados, dando um resultado superior a US$ 3.324 milhões, mensurados até agosto deste ano”.

Também apresentaram seus processos na Mostra de Gestão e Melhorias para a Qualidade o Village Restaurante, a Sodecia e a Showa do Brasil.

Fonte: JCAM

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