31/07/2013
Fontes de dentro do sindicato patronal disseram que na reunião, apenas a empresa Moto Honda definiu 9% como reajuste para os salários, o que daria um ganho real de 2,81% nos vencimentos. A proposta não inclui aumento percentual no valor da produtividade ou na participação nos lucros e resultados (PLR).
Mas como um todo, a rodada de negociações infrutíferas resultou em um clima de pessimismo entre ambas as partes envolvidas, o que aponta para uma indefinição de contrapropostas. De um lado, os trabalhadores pedem, entre as 93 cláusulas de cunho social, administrativo e salarial, um reajuste de pelo menos 17,5% sobre o Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). De outro, os sindicatos laborais afirmam que a meta das negociações é fechar em 5,5%.
O presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees), Celso Piacentini, explicou que, apesar de estressante, as negociações avançaram, mas não terminaram.
“Discutimos as propostas com as comissões laborais, mas não podemos decidir sobre os números. Nesta quarta (31), iremos reunir o ‘Colegiado da Indústria’ e decidir qual será o percentual mais permissivo para esse aumento almejado. Mas desde já reafirmamos que 17,5% estão fora de cogitação”, disse.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal) informou por meio de sua assessoria que não houve acordo. “Os empresários ‘bateram os pés’ e insistem nos 5,5%. Esse índice está muito abaixo da atual realidade inflacionária e é insustentável para o trabalhador amazonense. Estamos abertos ao diálogo honesto, mas tudo está se encaminhando para o dissídio coletivo”, informou.
A última reunião entre os patrões antes do dissídio, acontece nesta quarta (31), no auditório do Serviço Nacional de Apredndizagem Industrial (Senai), na Zona Sul, a partir das 10h.
Fonte: Amazonas Em Tempo