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Natal não aquece indústria

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22/09/2014

Faltando poucos meses para o Natal, a indústria do PIM (Polo Industrial de Manaus), ainda sofre com poucos pedidos destinados ao comércio para as festas de fim de ano. A indústria amazonense por conta do ano atípico, com Copa do Mundo e período eleitoral, até hoje sofre com o desaquecimento, com exceções de alguns setores como o de eletroeletrônico, que no primeiro semestre teve um bom volume de vendas impulsionado pelo campeonato mundial. Sob essa conjuntura, projeções de entidades empresariais, são de um Natal magro para a indústria, mas esperam encomendas para o final de ano, ainda que atrasadas.

O presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas) Wilson Périco, comenta que pouco se pode esperar. “Claro que pensamos sempre em crescimento. Mas, mesmo sendo muito otimista, creio que ao fazermos um balanço, estaremos em números muito alinhados com os do ano passado”, finaliza.

A realidade amazonense vem seguindo o que acontece no resto do país. Recente pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), mostra que o comércio vem adiando as encomendas para o Natal. De acordo com Périco, o quadro local pouco difere dos outros Estados. “Apenas setores não sofrerão tanto por terem se antecipado com a Copa, este é o caso dos televisores. Mas é algo único. O segmento de Duas Rodas continua caindo, por conta das dificuldades de acesso ao crédito”, disse Périco.

Os reflexos do campeonato mundial nas vendas causaram euforia para o setor de eletroeletrônicos e agora, o cenário é diferente, comenta o presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares), Celso Piacentini. “Não podemos esperar o mesmo volume de vendas dos primeiros meses. A euforia passou. Os meses de janeiro a maio foram os de maiores vendas e agora o que podemos fazer é esperar que alguns números se mantenham, não podem baixar mais,” fecha Piacentini.

Pontuando

Produtos que tem forte apelo comercial, como celulares, tablets e smartphones, provavelmente sejam os únicos a marcarem pontos altos, até por ser costume só serem encomendados a partir de outubro. “Por serem usados no trabalho, em casa e na escola, estes aparelhos tem sempre saída. E tem o crédito fácil, que estende o pagamento em várias parcelas e os preços relativamente baixos, que os tornam atrativos. O sucesso neste Natal será segmentado”, comenta.

Mercados em baixa

Com baixa nas exportações por conta de burocracia, tributação alta e problemas de logística a saída seria acreditar e investir no mercado interno, mas este também vem causando desânimo. “Não podemos esperar muito do mercado interno, a crise é geral e o poder de compra do brasileiro está baixo. Quando pensamos no mercado exterior, é ainda pior. Não há como competir com os asiáticos e não oferecemos nenhum atrativo e nem mudança sensível na tributação que chame a atenção dos estrangeiros,” resume Périco.

Incertezas

Diante de tantas incertezas, a CNC prevê um avanço modesto (3%) nas vendas do varejo durante o Natal, figurando entre os piores resultados para o setor em 10 anos. Nacionalmente, um dos setores que mais causam preocupação, é o de calçados que já acendeu a luz amarela. O setor que normalmente já estaria produzindo para alimentar as vendas da coleção primavera-verão, está ocioso. O alerta é ainda maior porque em 2013 já havia uma retração ante 2012, segundo a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados).

ZFM

De acordo com dados da Suframa, as empresas incentivadas do PIM (Polo Industrial de Manaus) faturaram R$ 47,695 bilhões entre janeiro e julho deste ano, o que representa um crescimento de 8,39% em relação ao mesmo período de 2013. Em dólar, o faturamento do PIM no período foi de US$ 20.856 bilhões – 2,22% a menos que o mesmo intervalo do ano passado.

Dentre os setores com maior participação no faturamento global do PIM, o destaque ficou por conta do segmento Eletroeletrônico (inclusive Bens de Informática). No período de janeiro a julho, o segmento faturou R$ 24,294 bilhões – crescimento de 13,38% na comparação com o mesmo intervalo de 2013 (R$ 21,427 bilhões).

Outros segmentos com crescimento expressivos, na comparação com os primeiros sete meses de 2013, foram Metalúrgico (faturamento de R$ 2,168 bilhões e crescimento de 14,53%), Termoplástico (R$ 2,405 bilhões e 10,32%), e de Isqueiros, Canetas e Barbeadores Descartáveis (R$ 1,084 bilhão e 12,10%).

Fonte: JCAM

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