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Não adoção da Indústria 4.0 reduzirá postos de trabalho, no Amazonas

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24/09/2018

Notícia publicada pelo portal D24AM

Se as empresas locais não adotarem as tecnologias da Indústria 4.0, o Amazonas poderá perder postos de trabalho. O alerta é do gerente geral de tecnologia e inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Amazonas), Marcelo Aguiar. A Indústria 4.0 é considerada a Quarta Revolução Industrial e se caracteriza pela utilização de tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial, Robótica Corporativa e Computação em nuvens.

Dentro desse novo modelo de indústria estão prossões que ainda não foram criadas e que já começam a despertar o interesse dos setores públicos e privados. Recentemente, a Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Desenvolvimento (Semtrad) lançou edital para seleção de organizações da sociedade civil que tenham expertise em qualificação na área.

De acordo com a Prefeitura de Manaus, o objetivo da instituição selecionada será proporcionar qualificação profissional e empreendedora aos trabalhadores cadastrados no Sine Manaus, assim como ao público jovem em busca do primeiro emprego e também ao público infantil, que precisa se preparar para profissões que ainda não existem. Os interessados devem acessar o edital no site da Semtrad.

Já a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) lançou, no início deste mês, o programa de Mestrado e Doutorado em engenharia mecânica e gestão industrial, com ênfase na Indústria 4.0. A pós-graduação, que será oferecida a estudantes brasileiros, é resultado de uma parceria entre instituição, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Universidade do Porto (Uporto), com articulação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Por meio do Centro de Ensino Superior de Parintins (Cesp), a UEA fez uma parceria com a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA) que oferecerá formação continuada em cursos que vão ser oferecidos no município, tanto na área acadêmica como de formação complementar, inclusive englobando temas atuais como a Indústria 4.0.

O Senai Amazonas está entre as primeiras instituições a ofertar cursos de qualicação profissional voltados para as novas tecnologias da Indústria 4.0. As primeiras turmas de capacitação tiveram aulas em agosto deste ano. Conforme a instituição, os cursos são básicos e integram um conteúdo único oferecido em sequência, que vai dos conceitos de indústria avançada e Internet das Coisas (Internet of Things, ou IoT, em inglês) às ferramentas e tendências do ‘big data’. Conforme a instituição, mais três cursos com foco na Indústria 4.0 serão disponibilizados ainda este ano, no Amazonas.

Segundo o gerente-geral de tecnologia e inovação do Senai Amazonas, Marcelo Aguiar, a introdução dessas tecnologias ajuda as empresas a entenderem melhor seus processos, a tomarem decisões mais acertadas e se tornarem mais ágeis e produtivas. “A Indústria 4.0 também possibilita a integração eficiente entre todos os setores da fábrica e entre toda a cadeira produtiva, permitindo maior exibilidade e realização de produção mais personalizada (customização em massa)”, destaca.

Quarta Revolução Industrial demanda mais investimentos em qualificação da força de trabalho, no Estado

O gerente-geral de tecnologia e inovação do Senai, Marcelo Aguiar, arma que as transformações provenientes da Quarta Revolução Industrial causam impacto no mercado. “Acaba influenciando todo o mercado de trabalho, criando novos postos com maior necessidade de conhecimento e eliminado tarefas mais operacionais, mas, principalmente exigindo um novo perfil de profissional. Dessa forma, é necessária a requalificação de técnicos e gestores no sentido de se adequarem às mudanças”, ressalta.

Segundo o gerente, parte das tecnologias da Indústria 4.0 já existe há algum tempo. “Mas, somente agora adquiriram um grau de maturidade adequada e estão acessíveis a um custo baixo para a maioria das empresas e até das pessoas físicas”, disse.

Competitividade

Na avaliação de Aguiar, caso as empresas do Amazonas não incorporem as tecnologias da Indústria 4.0, a economia local poderá ser impactada de forma negativa. “A não adoção das tecnologias da Indústria 4.0 de forma adequada, considerando o estágio de maturidade de cada empresa, pode acarretar um baixo nível de competitividade das empresas locais, afetando negativamente a economia, reduzindo postos de trabalho”, explicou, sem especificar a quantidade de empregos que o Amazonas pode perder se não implantar processos da Indústria 4.0.

Paradigma

Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de fevereiro de 2018, mais da metade dos segmentos industriais no Brasil ainda está pouco adaptada ao novo paradigma da Indústria 4.0.







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