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Na Zona Franca, produção de motocicletas cresce 14,5% em novembro

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10/12/2020

Fonte: EM TEMPO

Somente em novembro, 104.094 unidades de motocicletas foram produzidas no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O grupo realizou uma coletiva de imprensa online, na manhã desta quarta-feira (9), para apresentar os resultados da produção anual. Na ocasião, representantes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) destacaram a relevância do setor de Duas Rodas para o modelo.

Em relação a fabricação de motocicletas em novembro, as mais de 104 mil unidades representaram um crescimento de 14,5% em relação ao mês de outubro, com a produção de 90.880 unidades, ou seja, 11,8% mais alta se comparada com o mesmo período em 2019, na ZFM.

Já em relação a produção de bicicletas no mês de novembro, 63.562 unidades foram confeccionadas, representando uma queda de 35,4%, em comparação com as 98.330 bicicletas montadas em outubro. De janeiro a novembro deste ano, 625.786 bicicletas foram fabricadas, o que corresponde a uma retração de 30,4% na comparação com o mesmo período de 2019, com 899.177 unidades.

Sobre a ascensão da produção de motocicletas, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, declarou que o tipo de veículo tem sido uma opção econômica dos compradores e uma fonte de renda nos serviços de entrega. “A motocicleta passou a ser a opção de deslocamento para as pessoas que querem evitar a aglomeração natural do transporte público. Além disso, é um meio de deslocamento ágil, econômico e de baixo custo de manutenção”, ponderou.

Em relação a retratação na fabricação de bicicletas no PIM, o vice-presidente da Abraciclo, Cyro Gazola, explicou que o fato dos insumos - como sistemas de freios, suspensões, transmissões e selins - serem importados, acabou dificultando a chegada dos mesmos diante do cenário crítico da pandemia da Covid-19.

“A queda acentuada é resultado do desabastecimento da cadeia mundial de peças e componentes. Cerca de 50% dos insumos utilizados na fabricação de bicicletas provêm de fornecedores do exterior, principalmente dos países do continente asiático”, esclareceu.

Novas possibilidades

O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, não pôde estar online na videoconferência, mas enviou um vídeo destacando a importância do setor de Duas Rodas para a ZFM. Disse ainda que o modelo não é mais como na década de 90, onde as pessoas oriundas de outros estados, vinham para comprar mais barato. “A Zona Franca é muito mais do que isso, temos uma economia vigorosa, superamos os efeitos da pandemia, graças ao Governo do Amazonas e aos empresários”, afirmou.

Apesar da definição e consolidação do modelo, o superintendente declarou que pretende trazer novas possibilidades para o PIM. “Precisamos avançar em outras direções, na diversificação das indústrias, bioeconomia, do agronegócio, de uma forma sustentável, e estamos procurando atuar no turismo. Faremos o projeto ZFM de Portas Abertas, para abrir centros de visitação, colaborando com o turismo e queremos levar escolas para os funcionários das fábricas. O Brasil tem que conhecer a Amazônia, todo o poder e a força do nosso Polo Industrial de Manaus”, destacou.

Expectativas

A coordenadora-geral de Estudos Econômicos e Empresariais da Suframa, Ana Maria de Souza, apresentou, durante o encontro online, que o PIM chegou a um faturamento de R$ 104 bilhões neste ano, próximo ao termo de rendimento global. Ana Maria ainda fez uma avaliação do setor de Duas Rodas, em relação ao ano anterior, reconhecendo que não teve o mesmo desempenho.

Mesmo assim, ela acreditava que o saldo seria ‘catastrófico’, mas foi positivamente surpreendida. “As nossas projeções para do final do ano estão muito próximas das que Abraciclo previu [...] é o nível de verticalização na ZFM. O setor de Duas Rodas é modelo, expressivo, um termômetro e um modelo de comprometimento. [...] prevemos uma recuperação para 2021”, ressaltou.

Apesar da crise pandêmica e seus efeitos, indiretamente, 40 mil empregos são gerados pelo PIM, de acordo com Ana Maria. Diretamente são 13 mil, mas ela incluiu todas as despesas e pessoas envolvidas na contratação de cada funcionário, como a alimentação, plano de saúde e transporte.

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