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Motor de um país: como a Suframa fomenta o desenvolvimento do Brasil

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01/03/2019

Reportagem publicada pelo Portal Em Tempo

Especial ZFM

Lucas Vitor Sena

Quase 800 mil empregos e um lucro de R$ 31 bilhões. Esse foi o saldo positivo do ano de 2017, em números, para a Zona Franca de Manaus (ZFM). Os dados são de um estudo divulgado pelo Sindicato dos Funcionários da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Sindframa) em 2018.

Para ser mais preciso, foram 169.762 empregos diretos e 599.260 empregos indiretos, totalizando, somente em 2017, 769.022 empregos em todo o Brasil. De acordo com o presidente do Sindframa, Andrés Pascal, a ideia de fazer o estudo surgiu em 2014, quando os servidores da Suframa lutavam por um aumento salarial. Na época, o estudo era mais superficial, de acordo com o servidor, mas foi evoluindo ao longo do tempo.

"Foi preciso viajarmos até Brasília para tentar articular com os parlamentares esse aumento de salário. O nosso argumento era mostrar o quanto o nosso Estado produzia e comprava de outros estados. Existia, e ainda existe, uma ideia cultural de que a Zona Franca de Manaus é somente renúncia fiscal, mas nós provamos, com o primeiro estudo que fizemos, que não é apenas isso. São Paulo, por exemplo, se beneficia muito daquilo que se compra para a produção da ZFM", afirma.

Dados

Os dados do estudo são separados por região, e mostram o quantitativo de empregos diretos, empregos indiretos e o total de empregos gerados pela Zona Franca. Além disso, ainda mostram quanto cada estado arrecadou com vendas de insumos para os produtos fabricados nos cinco estados que fazem parte da área de abrangência da Suframa: Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Acre, além da própria Suframa como um todo.

No primeiro lugar, vem o estado de São Paulo, com vendas que chegaram ao valor total de R$ 11.259.851.825,87, sendo 61.366 empregos gerados de forma direta, 216.622 indiretos, totalizando 277.988 empregos gerados somente em 2017. Já em segundo lugar, vem o Rio Grande do Sul, com um valor total de vendas de R$ 2.103.331.700,66, com 11.451 empregos diretos gerados, 40.422 empregos indiretos diretos gerados, totalizando 51.873 empregos.

O estado de Pernambuco fica em um honroso terceiro lugar, com 11.209 empregos gerados de forma direta, 39.658 empregos indiretos, totalizando 50.777 empregos, com um valor de vendas de R$ 2.056.999.328,15. Já em último lugar na lista, fica o estado do Piauí, com 172 empregos diretos e 607 empregos indiretos, totalizando 779 empregos, com lucro de vendas de R$ 31.277.057,30.

O cálculo dos empregos indiretos levou em conta duas fórmulas: a fórmula usada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que considera que 3,53 empregos indiretos são gerados a cada 1 emprego direto; e a fórmula do Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPC-A), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera que, a cada R$ 1 milhão em produção, são gerados 5,6 empregos diretos.

Aperfeiçoamento dos estudos

Andrés Pascal afirma que já existe previsão para o aperfeiçoamento do estudo, intitulado "Zona Franca do Brasil: fomentando a cadeia produtiva e gerando empregos em todos os estados do Brasil". Segundo ele, a próxima etapa é mostrar quais mercadorias são compradas de cada estado. Para ele, se há um mercado bom de vendas de produtos para o Amazonas, é interessante, para o poder público, fomentar a produção e aumentar as vendas.

"O que compramos mais, por exemplo, do Rio Grande do Norte? Borracha para pneus de motos? Eu não sei exatamente quais os insumos comprados, e é isso que queremos descobrir, e a quantidade. Há algum tempo atrás, um político da Bahia ficou muito interessado em quais insumos a Suframa compra da Bahia. É importante fomentar a cadeia produtiva. E queremos fazer isso para ter melhores argumentos para discutir com o governo federal e técnicos de ministérios", salienta Pascal.

O presidente do Sindframa aponta que o sindicato tem buscado conversar com parlamentares e com secretários de Planejamento de outros estados, que dão feedbacks constantes sobre os estudos. Ele relata que a primeira impressão é um choque, porque nem todos os gestores têm esse conhecimento, principalmente para uma prefeitura que pretende investir em produção.

"O setor público tem dito o que espera dos nossos estudos, e sempre trazemos novas atualizações e informações novas. Os estudos são feitos por técnicos da Suframa que ainda se dedicam a trabalhar pelo sindicato, e só acontece porque tem gente comprometida de verdade com o fortalecimento da ZFM e o desenvolvimento da Amazônia Ocidental", completa.segue link abaixo

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