08/05/2015
Só em 2014, foram 374 casos de LER em trabalhadores das fabricas do PIM, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal).
Entre as empresas que assinaram acordo com o MPT-AM para reduzir os casos de doenças ocupacionais, a Moto Honda da Amazônia, em janeiro desse ano, deu início a estratégia de pausas de recuperação de fadiga na linha de produção da fábrica.
Segundo o gerente de relações institucionais da multinacional japonesa, Mário Okubo, na primeira pausa, entre o café da manhã e o almoço, os funcionários param dez minutos, com direito a uma barra de cereal. No turno da tarde, a linha de produção tem mais uma pausa de 15 minutos, com direito a um lanche reforçado.
Okubo afirmou que, nos últimos cinco anos, a empresa investiu mais de R$ 15,5 milhões em saúde e segurança do trabalho. O recurso foi usado na construção de um mini hospital, inaugurado em 2011, dentro do terreno da fábrica.
“Toda estrutura busca trazer conforto para os nossos trabalhadores, para o tratamento de qualquer enfermidade, prevenção de doenças e promoção da saúde”, disse.
Com três ambulatórios médicos, uma clínica de fisioterapia e uma sala de Reeducação Postural Global (RPG), segundo a chefe do serviço médico da Moto Honda, Simone Ozório, o ambulatório atende urgências e emergências.
Índice de afastamento
Entre as especialidades do ambulatório, Simone apontou: cardiologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia, dermatologia e odontologia. Entre os equipamentos instalados no ambulatório estão o raio X e aparelho de ultrassonografia voltado para todas as necessidades do paciente.
Com sete fisioterapeutas, conforme a chefe do serviço médico, a clínica de fisioterapia tem capacidade de 129 atendimentos por dia, especializados em patologias como tendinite, pré e pós operatório, dores localizadas, lesões do esporte e neurológicas.
Para alcançar melhorias ergonômicas e qualidade de vida aos trabalhadores, Mário Okubo apontou que, desde 2010, foram mapeados 2.709 postos de trabalho.
Com investimento de R$ 5 milhões, as melhorias foram alcançadas em 2.205 postos de trabalho. “Com o resultado desse trabalho, menos de 2% de nossos colaboradores encontra-se afastados pelo INSS por transtorno osteomusculares”, salientou.
Fonte: Amazonas Em Tempo