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Montadoras de moto têm pior ano em uma década

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15/01/2016

A crise da indústria automobilística atingiu em cheio não apenas as montadoras de carros, mas também as fabricantes de motos, cuja produção foi reduzida ao nível mais baixo em dez anos, num resultado decorrente da forte queda tanto do consumo doméstico, também com o pior resultado em uma década, como das exportações, as mais fracas dos últimos cinco anos.

Balanço divulgado ontem pela Abraciclo, entidade que representa as empresas do setor instaladas na Zona Franca de Manaus, mostra que as montadoras de motocicletas terminaram 2015 com 1,26 milhão de unidades fabricadas, 16,8% a menos do que o volume do retrasado. Já as vendas das fábricas para as concessionárias somaram 1,19 milhões de unidades, com queda coincidentemente na mesma proporção: 16,8%.

Desde 2005, quando foram produzidos pouco mais de 1,2 milhão de motos, com entregas a revendas de 1 milhão de unidades, não se via números tão baixos tanto na atividade das fábricas quanto nas vendas no atacado. Há cinco anos, o setor, pela primeira e única vez até agora, ultrapassava a marca de 2 milhões de motos vendidas. Porém, desde então, o mercado vem caindo de forma ininterrupta por conta, segundo as montadoras, da maior dificuldade no acesso ao crédito, agravada agora pela conjuntura de recessão econômica e falta de confiança dos consumidores para gastar em bem duráveis.

Só em dezembro, quando a atividade nas montadoras é tradicionalmente reduzida pelas férias coletivas de fim de ano, a produção caiu 40,3% na comparação anual, para 50,6 mil motos. Por conta do alto volume de estoques, algumas empresas concederam recessos mais longos, incluindo a Honda - maior do setor, com cerca de 80% das vendas -, que parou a fábrica de Manaus por 18 dias.

As vendas para as concessionárias no mês passado, de 69,3 mil unidades, foram 39,3% inferiores às do mesmo período de 2014.

Em todo o ano passado, os embarques de motos para o exterior, tendo a Argentina como o principal destino, recuaram 21,5%, somando 69,1 mil unidades, o menor desde 2010 (69,2 mil). Apesar dos resultados frustrantes, a Abraciclo está confiante na recuperação em 2016, ano em que prevê alta de 2,5% tanto das vendas a concessionárias quanto da produção - ajustando a estimativa de leve crescimento de 0,8% anunciada no mês passado. Para as exportações, a expectativa é de avanço de 8,5%.

Sexto maior produtor mundial desse veículo - atrás de países asiáticos como China, Indonésia, Índia e Tailândia -, o Brasil tem uma frota de mais de 24 milhões de motocicletas, de acordo com a Abraciclo.

Fonte: Valor Econômico





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