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Montadora de motos aguarda reação

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10/12/2014

Queda de dois dígitos nas vendas, com produção e exportações igualmente em baixa, fez de 2014 o pior ano da indústria nacional de motocicletas desde 2006. Mas representantes do setor mostram confiança no inicio de uma reação, ainda que tímida, em 2015. As projeções anunciadas ontem pela Abraciclo, a entidade que abriga as montadoras de motocicletas instaladas na Zona Franca de Manaus, apontam para crescimento de 1% nas vendas das fábricas às concessionárias, o que vai compensar a queda de 55,6% prevista nas exportações e permitir uma alta de 2% da produção no ano que vem.

Sem os efeitos da Copa do Mundo e das eleições que pesaram nos resultados deste ano, as montadoras apostam que conseguirão retomar o caminho do crescimento em 2015, mesmo com os prováveis apertos na politica econômica. O otimismo também parte da premissa de que as concessões de crédito vão subir após as recentes mudanças na lei de alienação fiduciária que facilitaram a retomada de veículos pelos bancos em caso de inadimplência. Espera-se que a medida estimule as instituições financeiras a liberar mais dinheiro à compra de veículos ao reduzir o risco da operação - amenizando, dessa forma, o rigor bancário que tem sido apontado como o grande vilão da derrocada do consumo de motos e automóveis.

Ontem, ao anunciar os resultados deste ano, junto com as projeções para 2015, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, comemorou o crescimento de 17,2% das vendas financiadas na passagem de outubro para novembro e a retomada dos patamares de antes da Copa no ritmo de licenciamentos, que voltou a superar 6 mil motos por dia útil em dezembro.

O aquecimento na reta final do ano não salva, contudo, o resultado de 2014, que, até novembro, acumula queda de 10,2% na produção e de 11,3% nas entregas de motos às concessionárias. A tendência, diz a Abraciclo, é que 2014 termine com volume tanto de vendas como de produção inferior a 1,5 milhão de motocicletas, no pior resultado em oito anos.

"Foi um ano doloroso para todos os fabricantes", disse Fermanian. O Nordeste, que puxou o último ciclo de crescimento da indústria de duas rodas, passando a abrigar o maior mercado de motos do país, inverteu a curva e agora registra queda de 7% no consumo desse veículo. Por outro lado, o crescimento nas vendas de motos de alta cilindrada e scooters - de 10,8% e 30,8%, respectivamente - mostra que nem todos segmentos são contaminados pela crise, mais forte nas linhas populares.

Só em novembro, a produção de motos no país, sexto maior fabricante desse produto do mundo, caiu 22%, comparativamente a igual período de 2013. Em relação a outubro, a atividade nas fábricas cedeu 15,8% em novembro, mas nesse caso o recuo se deve, principalmente, ao calendário mais curto, com três dias úteis a menos.

Segundo Fermanian, os ajustes de produção promovidos nos últimos três meses, com menor cadência ou interrupção no funcionamento das linhas de montagem, conseguiram adequar os estoques na rede para níveis próximos da faixa de 22 a 25 dias de venda. Com os estoques controlados, abre-se o caminho para a retomada da produção no ano que vem. Mas o consumo também terá que dar uma resposta positiva.

Fonte: Valor Econômico

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