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Mobilização de auditores fiscais no AM causa retenção de 2,9 mil contêineres

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14/09/2016

Portos de Manaus acumulam 2.980 contêineres desde o dia 1º de setembro, data em que auditores fiscais do Amazonas voltaram a fazer a "Operação Padrão" para cobrar reajuste de salário dos servidores. A ação torna a inspeção de cargas mais rigorosa e resulta no atraso para liberação de mercadorias.

Quase 900 contêineres ficaram parados em aeroportos e portos de Manaus em julho deste ano. O ato foi suspenso para a realização de uma assembleia nacional, mas reiniciou no início deste mês com mais rigor. Praticamente todas as cargas estão sendo fiscalizadas com análise de documentação e mercadoria física antes da liberação do produto.

As cargas estão retidas nos portos Aurora EADI, Porto Super, Porto Chibatão e Porto de Manaus. Segundo o diretor-executivo do Porto Chibatão, Jhony Fidelis, há contêineres que aguardam vistoria e estão pendentes de liberação para liberação. A maioria das cargas paradas é de eletroeletrônicos, sendo 90% com destino para o Polo Industrial de Manaus (PIM) e 10% para o comércio.

Os portos têm movimentação de 100 a 200 contêineres por dia e com a Operação Padrão são movimentados de 14 a 20 por dia. Vários clientes são impactados pela operação padrão, mas enquanto não houver retorno para eles do Governo Federal, o Brasil inteiro vai continuar sofrendo com a mobilização", disse.

O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindifisco-AM), José Jefferson, acredita que a categoria pode ter uma resposta ainda essa semana, antes das eleições municipais. Mas não posso responder com precisão. Queremos resolver, mas infelizmente só obtemos resultados fazendo pressão", disse o presidente se referindo às mobilizações.

O auditor fiscal Frederico Augusto Castello Branco diz que pode haver impactos na indústria e comércio se a ação se estender por muito tempo. A classe se sente desmotivada. As Operações Padrões reforçam as fiscalizações, tornam o trabalho mais moroso, mas é uma forma de mostrar nosso trabalho. Vamos continuar persistindo até o projeto de lei ser reivindicado , diz.

Branco informou que os auditores querem a efetiva implantação de Projeto de Lei que garante o ajuste salarial de 21,3% entre outros itens. O acordo tinha sido fechado com o governo da ex-presidente Dilma Roussef e garantia a implementação da PL no mês de agosto, o que não aconteceu, segundo ele.

Além do reajuste, ele disse que a pauta não remuneratória é um dos principais itens que a categoria protesta. O Governo Federal já aprovou o reajuste de mais de 80% dos servidores do executivo federal. Sentimos tratamento diferenciado com as instituições. É uma sensação ruim de que nós somos diminuídos em relação às outras carreiras , reclamou.

Eles também querem que o governo suspenda o corte de 30% do investimento interno da Receita Federal. Além disso, ele reclamou das ações do deputado do Partido da República (PR) Wellington Roberto que estariam impedindo a aprovação do PL.

Fonte: G1.com

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