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Minvest aposta no PIM e justifica que mercado está crescendo independente de crise

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27/01/2014

A montadora Bramont, empresa que pertence ao grupo chileno Minvest, inaugurou no Polo Industrial de Manaus, nesta quinta-feira (23), a fábrica para produzir a moto italiana Benelli e a chinesa Keeway, ambas do grupo chinês Qianjang.

No Brasil, a empresa investiu US$ 140 milhões, no ano passado. A planta de Manaus está localizada em um terreno de  140 mil metros quadrados. No mesmo lugar, em diferentes galpões, são fabricados os veículos utilitários da indiana Mahindra.

De acordo com o diretor comercial das marcas, Jean Anwandter, a fabricação será orientada ao mercado interno com uma produção inicial de 1,5 mil motos Bennelli ao ano e mais de 6 mil Keeway. A fábrica tem capacidade para produção de 100 mil motos ao ano.

Qual a expectativa das marcas para 2014 com a inauguração da nova fábrica no PIM?
A ideia é vender acima de 6 mil unidades de Keeway e mais de 1,5 mil unidades de Benelli. O volume de Keeway para o mercado de baixa cilindrada é pouco, mas a gente quer começar com muita cautela para dar os passos certos, para que os concessionários ganhem dinheiro e a gente tenha certeza que o nosso produto não terá nenhum problema no mercado brasileiro. Logo que verificarmos todos esse pontos começaremos forte e expandiremos o negócio para buscar entre o quarto e o terceiro lugar no mercado.

Qual a sua opinião sobre o mercado brasileiro para as motos de alta cilindrada?
O brasileiro é muito apaixonado por motos, então ter uma marca italiana de mais de cem anos com o design das motos da marca Benelli, acredito que teremos muito sucesso. Vejo que o mercado está crescendo ano após ano, independente de crise econômica. Então, temos expectativas muito boas.

E com relação ao mercado de baixa cilindrada?
O crédito que os bancos estavam dando ao consumidor foi um pouco restringido, o que fez o mercado cair, mas continua a ser um mercado de 1,5 milhão de motocicletas ao ano, então tem número para vender e fazer negócio.

Como vocês estão fazendo para qualificar a mão de obra no Amazonas?
Vamos qualificar nossos mecânicos das concessionárias junto ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e temos um programa de treinamento para todo o pessoal da fábrica. Quando você começa a fabricar motos tem que passar pelo período de treinamento e o chefe de produção forma uma equipe onde a pessoa começa a produzir sendo observado pelo chefe. Na verdade, o pessoal de Manaus é qualificado e capaz. Não vimos nenhum problema para fazer a montagem das motos aqui no Brasil.

As indústrias do Estado precisam estar adequadas aos Processos Produtivos Básicos do Polo de Duas Rodas. Como vocês estão se adequando para as motos de alta cilindrada?
O PPB é bem claro do que temos que fazer para poder pegar os incentivos fiscais na produção de motocicletas aqui em Manaus. Nós estivemos trabalhando desde março de 2012 para fazer esse negócio acontecer e, obviamente, estamos cumprindo todas as regras que a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) estabelece para fabricar as motos.

Qual o índice de componentes locais e nacionais para as motos de alta cilindrada?
A Suframa estabelece quantos pontos vale um tipo de peça. A empresa escolhe que peça vai fabricar em nível nacional. Cada fabricante escolhe a peça que é mais interessante pelo projeto da moto. Estamos comprando as nossas peças nacionais, mas não é exatamente um percentual da moto.

Que componentes são utilizados?
Guidão, coroa, corrente, bateria, entre outros. Temos muitos fornecedores no Brasil e quando a peça é comprada em Manaus, os pontos valem por dois. Por isso, tentamos comprar mais em Manaus do que no resto do País. Tudo vem desmontado e cada fabricante escolhe que peças nacionais vai comprar para cumprir o PPB.

Qual a capacidade da planta de Manaus?
Temos uma capacidade de produzir mais de 100 mil motos por ano. Teremos fôlego suficiente para crescer com os investimentos que fizemos. O incremento depende das vendas, se elas acontecerem vamos contratar mais pessoal.

Entre os modelos Benelli que serão produzidos em Manaus destaca-se a Tre-k Amazonas. O que ela possui e a razão do nome?
Esse modelo da Benelli existe há vários anos. É utilizado para travessias, estrada e eles colocaram esse nome fortuitamente para demonstrar que essa motocicleta pode fazer todo tipo de percurso.

Perfil

Jean Anwandter

Formado em Engenharia Comercial, Administração e Economia pela Universidad Diego Portales, no Chile, Jean trabalha como diretor comercial da Bramont Montadora desde 2011, em São Paulo. Lá, ele desenvolve um trabalho estratégico de negócios, além de ser responsável pelo marketing e vendas da empresa.

Fonte: Portal D24am.com

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