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Ministro se retrata com a ZFM

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01/02/2020

Fonte: Jornal do Commercio

Marco Dassori

O ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, aproveitou sua visita ao CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), na tarde desta sexta (31) para se retratar em relação a sua mal fadada declaração em uma entrevista concedida ao Blog Br Político, do Grupo Estadãoq quando disse que Amazônia, no lugar de conceder "subsídios a fundo perdido para o cara fabricar bicicleta", deveria se focar em bioeconomia.

A fala ministerial caiu mal entre as lideranças políticas do Amazonas em geral e entre os parlamentares da bancada federal do estado em particular, especialmente diante do atual imbróglio da redução da alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) do polo de concentrados de refrigerantes da ZFM. Ciente da má repercussão, o ministro telefonou para deputados e senadores, dizendo que tudo não passava de um mal entendido. Mas os políticos aguardavam uma retratação pública.

Diante do governador do Amazonas, Wilson Lima, do superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, e demais autoridades, Salles destacou, nesta sexta (31), a importância do PIM para a preservação ambiental na região e frisou que a intenção do governo federal é complementar aquilo que já vem sendo feito", mantendo a atividade industrial e os investimentos e, ao mesmo tempo, avançar na agenda da bioeconomia, dado seu expressivo potencial nacional e internacional.

"Como disse o ministro Paulo Guedes, o pior inimigo do meio ambiente é a pobreza e a geração de empregos do Polo Industrial de Manaus é um dos instrumentos para combater essa pobreza, para gerar oportunidade de emprego e renda, e nós temos que apoiar e avançar ainda mais na bioeconomia", declarou.

No entendimento do ministro, a Amazônia é a região do Brasil com maior riqueza natural, mas possui baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) devido a uma suposta incapacidade "no passado" de transformar a riqueza da biodiversidade em "ganho efetivo" para a população e desenvolvimento sustentável para a região.

"O CBA renasce, agora, sob o comando do Ministério da Economia, um trabalho de dedicação da equipe do Paulo Guedes, para finalmente fazer avançar essa importante pauta da bioeconomia. O CBA tem tudo para receber investimentos de empresas ligadas a cosméticos, farmacêutico, transformação de alimentos, uma série de pesquisas relacionadas à biodiversidade da Amazônia e que, uma vez devidamente pesquisadas e transformadas em produto, trarão não só conservação da floresta e desenvolvimento sustentável, mas uma melhoria substancial da qualidade de vida das pessoas", afirmou.

VISITA AO CBA

Durante a visita ao CBA, o ministro conheceu a estrutura e as ações do novo planejamento que a Suframa vem desenvolvendo para o CBA, com vistas a fomentar a bioeconomia na região. Salles e sua comitiva foram recebidos por Wilson Lima, Alfredo Menezes, e pelo membro titular da Suframa no Grupo de Gestão do CBA, Fábio Calderado. Participaram ,ainda, os deputados federais Sidney Leite (PSD-AM) e Delegado Pablo Oliva (PSL-AM).

Fábio Calderado realizou uma apresentação sobre o CBA, seguida de visita aos laboratórios de cromatografia, química de produtos naturais, cultura de tecido vegetal (produção de plantas in vitro) e central analítica. Salles informou que está iniciando, nesta sexta (31), uma viagem de três dias com o ministro de Meio Ambiente dos Estados Unidos.

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