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Ministro reforça defesa da ZFM

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06/03/2014

Depois de São Paulo, agora as investidas contra a ZFM (Zona Franca de Manaus) partem dos países da UE (União Europeia) que alegam estar perdendo competitividade com a exportação dos produtos do parque industrial de Manaus, beneficiados pelos incentivos fiscais, para a Europa. Acompanhando a presidente Dilma Rousseff na reunião em Bruxelas, Bélgica, onde a representante brasileira se reuniu recentemente com os membros do bloco econômico para esclarecer a situação, o recém-empossado ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, reiterou a posição oficial do governo brasileiro – de manter intocáveis as vantagens comparativas do polo incentivado do Estado do Amazonas.

“A União Europeia sabe que as empresas incentivadas do PIM (Polo Industrial de Manaus) são a maior garantia de preservação da rica biodiversidade e da manutenção da floresta em pé. A própria presidente Dilma reiterou essa posição durante o seu encontro com os países-membros do bloco econômico”, disse o novo ministro. Peça central na defesa da nova política industrial do governo Dilma, Borges defende uma maior proximidade entre os países do Cone Sul com a Europa que, segundo ele, será benéfica para os dois continentes.

Segundo estimativas de consultores econômicos locais, o fortalecimento do Mercosul com a UE poderá movimentar pelo menos US$ 23 bilhões anuais em uma fatia de mercado com 750 milhões de pessoas. “Há um conjunto de medidas em curso, como o acordo com a União Europeia, o desenvolvimento de cadeias produtivas e os regimes tributários especiais”, acrescentou o ministro. “Não será para 2014, mas o novo ciclo de expansão pelos investimentos em infraestrutura ajudará a economia”.

O ministro admite, porém, que ainda falta transformar em política perene de governo temas como a facilitação de comércio e os estímulos à exportação, ambas previstas no Brasil Maior, que é a política tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff. “É preciso acelerar acordos comerciais e a desgravação tarifária para reforçar a estratégia”, disse.

Braço direito do ex-ministro Fernando Pimentel, agora pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Mauro Borges debita boa parte dos problemas enfrentados pela indústria nos últimos anos na conta do câmbio. “A forte valorização do real foi danosa para a indústria e afetou a competitividade. Apesar das medidas do governo, segundo Borges, um câmbio sem ajuste neste período dificultou a retomada industrial. “O câmbio mudou no mundo inteiro, há um novo parâmetro de competitividade”, diz ele. “Com câmbio mais estável, no lugar onde está, teremos condições para a retomada econômica”.

A nova fase da política industrial, segundo Borges, terá, por exemplo, foco em eficiência energética automotiva, com incentivos à fabricação de motores elétricos e movidos a etanol para ônibus. “Zerar IPI cria nova indústria”, defende o novo ministro. O mesmo valeria para a cadeia de petróleo e gás, além do etanol.

Fonte: JCAM

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