06/03/2014
“A União Europeia sabe que as empresas incentivadas do PIM (Polo Industrial de Manaus) são a maior garantia de preservação da rica biodiversidade e da manutenção da floresta em pé. A própria presidente Dilma reiterou essa posição durante o seu encontro com os países-membros do bloco econômico”, disse o novo ministro. Peça central na defesa da nova política industrial do governo Dilma, Borges defende uma maior proximidade entre os países do Cone Sul com a Europa que, segundo ele, será benéfica para os dois continentes.
Segundo estimativas de consultores econômicos locais, o fortalecimento do Mercosul com a UE poderá movimentar pelo menos US$ 23 bilhões anuais em uma fatia de mercado com 750 milhões de pessoas. “Há um conjunto de medidas em curso, como o acordo com a União Europeia, o desenvolvimento de cadeias produtivas e os regimes tributários especiais”, acrescentou o ministro. “Não será para 2014, mas o novo ciclo de expansão pelos investimentos em infraestrutura ajudará a economia”.
O ministro admite, porém, que ainda falta transformar em política perene de governo temas como a facilitação de comércio e os estímulos à exportação, ambas previstas no Brasil Maior, que é a política tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma Rousseff. “É preciso acelerar acordos comerciais e a desgravação tarifária para reforçar a estratégia”, disse.
Braço direito do ex-ministro Fernando Pimentel, agora pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Mauro Borges debita boa parte dos problemas enfrentados pela indústria nos últimos anos na conta do câmbio. “A forte valorização do real foi danosa para a indústria e afetou a competitividade. Apesar das medidas do governo, segundo Borges, um câmbio sem ajuste neste período dificultou a retomada industrial. “O câmbio mudou no mundo inteiro, há um novo parâmetro de competitividade”, diz ele. “Com câmbio mais estável, no lugar onde está, teremos condições para a retomada econômica”.
A nova fase da política industrial, segundo Borges, terá, por exemplo, foco em eficiência energética automotiva, com incentivos à fabricação de motores elétricos e movidos a etanol para ônibus. “Zerar IPI cria nova indústria”, defende o novo ministro. O mesmo valeria para a cadeia de petróleo e gás, além do etanol.
Fonte: JCAM