26/03/2014
Em discurso proferido no pequeno expediente da ontem da Assembleia Legislativa, o deputado Marco Antônio Chico Preto (PMN) condenou, principalmente, a intransigência do ministro Mauro Borges à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Além de se recusar a negociar com os servidores, o ministro declarou que só poderá solucionar o impasse do governo com os grevistas em 2016. Parados há 35 dias, os servidores reivindicam um plano de cargos, carreiras e salários, mas não conseguem sensibilizar o MDIC. “O governo da presidente Dilma Rousseff degrada os servidores e estrangula a Suframa”, disparou Chico Preto ao CORREIO DO ZACA.
Sem nenhuma complacência nem respeito aos grevistas, Mauro Borges ameaça os servidores com o corte do ponto eletrônico. É uma tentativa de forçar o retorno ao trabalho, mas os servidores afirmam que não se deixarão intimidar com a ameaça e continuarão com o movimento cujas consequências já pesam sobre o comércio de Manaus. Desabastecido, o comércio acumula prejuízo de mais de R$ 30 milhões, com muitos estabelecimentos analisando agora a hipótese de demissões.
Thomaz fracassa
Preocupado com a falta de estoques da indústria e do comércio, o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, apelou para que os 400 servidores da autarquia em greve voltem ao trabalho – mas fracassou.
Com a ameaça do corte de ponto por parte do Mdic, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, decidiu prosseguir com o movimento paredista.
CDLM alerta para o pior
Na opinião do presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag, ou o Mdic aceita negociar com os grevistas ou Manaus enfrentará uma série crise de desabastecimento em pleno período da Copa do Mundo da Fifa.
O Sindframa ameaça ingressar com ação judicial na esfera do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal contra o corte de ponto dos servidores.
Fonte: Portal do Zacarias