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Ministro André Mendonça assume relatoria de ADI que questiona decreto do IPI

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22/04/2022

Giovanna Marinho

online@acritica.com

22/04/2022 às 16:52.

Atualizado em 22/04/2022 às 16:57O ministro André Mendonça foi sorteado como relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (UB) na manhã desta sexta-feira (22).

Ex-advogado da União e indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (UB) para assumir a cadeira do Supremo, André Mendonça irá emitir o parecer que será julgado em plenário. Com a ADI, o governador tenta derrubar os efeitos negativos do decreto nº 11.047 que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em 25%.

A ação foi protocolada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE-AM), requerendo a concessão de medida cautelar afim de suspender a redução das alíquotas do IPI e com isso manter a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM).

ADI

A ADI, apresentada pelo governador Wilson Lima por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE-AM), requer a concessão de medida cautelar para suspender a redução das alíquotas do IPI, previstas no Decreto Federal 11.047/2022, aos produtos produzidos pelas indústrias instaladas na ZFM. A medida requerida pelo Estado visa manter a competitividade do PIM ao suspender a redução do IPI para esses produtos quando produzidos fora da Zona Franca.

"A minha preocupação maior nesse processo é a manutenção de empregos, daquele homem e daquela mulher que está empregado em uma empresa do Distrito Industrial e que precisa de dinheiro para sustentar as suas famílias. A gente toma essa decisão, mas também mantém o diálogo com o Governo Federal para entender que caminhos a gente pode seguir, pode construir para compensar essa perda que nós podemos ter", disse o governador, afirmando defender os mais de 100 mil empregos do PIM, que reúne cerca de 500 indústrias.

Nesta semana, o governador esteve em Brasília para tratar do tema junto ao Governo Federal. Mesmo aberto ao diálogo, Wilson Lima nunca descartou nenhuma estratégia para garantir as vantagens competitivas da ZFM.

Argumentação

No mérito, a ADI requer que o STF declare a inconstitucionalidade parcial do Decreto Federal 11.047, de 14.04.2022, vedando sua aplicação a quaisquer produtos fabricados na ZFM que tiverem projetos aprovados no Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Com 35 páginas, a ADI elenca uma série de argumentos para demonstrar que a competitividade e os diferenciais da ZFM estão amplamente amparados na Constituição Federal (CF).

Além dos artigos 40, 92 e 92-A, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que asseguram a manutenção da ZFM com suas características, define prazo de vigência dos incentivos até 2073 e estabelece que seus critérios só podem ser modificados por lei federal, a ADI elenca ainda os artigos 37; 3º, incisos II e III; 170, inciso VII; 165, §7º; 255; 151, inciso I; 5º caput e inciso XXXVI da Constituição Federal; e decisões que criaram jurisprudência, no âmbito do STF, acerca da manutenção dos incentivos da ZFM.

Destaca-se na argumentação o Artigo 3º da CF, que trata dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, entre os quais a de reduzir as desigualdades sociais e regionais, na defesa da ZFM como modelo que tem permitido o desenvolvimento regional, ao gerar riqueza, emprego e renda na região.

E também o Artigo 5º, inciso XXXVI, que assegura que a lei não prejudicará o direito adquirido, em referência à segurança jurídica que deve ser mantida às empresas que tiveram seus projetos aprovados com incentivos assegurados pelo modelo. Em relação ao ganho ambiental da ZFM, a ADI elenca o Artigo 225 da CF, que determina, em resumo, que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e que o poder público e a coletividade devem defendê-lo e preservá-lo.

Fonte: Acrítica

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