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Ministério pretende aplicar R$ 460 milhões no Sine

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20/12/2013

O Ministério do Trabalho e Emprego vai investir R$ 460 milhões para aprimorar o Sistema Nacional de Emprego (Sine). Os investimentos para informatização do sistema de intermediação de emprego teriam como objetivo facilitar a recolocação dos trabalhadores e evitar fraudes na obtenção do benefício.

A informação é do diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lucio, que participou ontem, em São Paulo, de reunião das centrais sindicais com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Manoel Dias (Trabalho) e o secretário de Política Econômica, Márcio Holland.

O objetivo do encontro era discutir medidas para contenção de despesas com o seguro-desemprego e abono salarial. Segundo Lucio, o investimento foi anunciado por Dias durante a reunião. O ministro também informou que o projeto já recebeu o aval da presidente Dilma Rousseff. Os representantes do governo presentes ao encontro não deram entrevistas.

Em relação à possibilidade de alteração no sistema de pagamentos do abono salarial, que poderia ser proporcional ao tempo trabalhado, nenhuma medida foi tomada, segundo Lucio. "As centrais se comprometeram a reapresentar a agenda de política de proteção ao emprego, provavelmente em janeiro de 2014", disse o diretor do Dieese.

Para Lúcio, tanto o governo quanto as centrais concordam que é preciso rediscutir o sistema de proteção ao emprego, que foi desenhado em um ambiente de desemprego alto e de salário mínimo mais baixo, mas o tema é complexo e por isso gera divergências.

As centrais, disse, mencionaram a necessidade de rediscutir a política de valorização do salário mínimo, que tem impacto sobre o abono e para qual a atual fórmula vence em janeiro de 2015.

As centrais sindicais informaram, por sua vez, que não acreditam que o pagamento de abono salarial esteja desequilibrado, como argumenta o Ministério da Fazenda. "A Fazenda acha que o abono está desequilibrado, mas as centrais sindicais discordam", afirmou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

Segundo Patah, as centrais querem uma política pública de qualificação dos trabalhadores e maiores exigências nas concessões de desonerações. "Somos favoráveis às desonerações, mas é preciso ter contrapartida ", disse.

Fonte: Valor Econômico

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