03/09/2013
Uma vez que o negócio seja concretizado, uma série de executivos da Nokia irá juntar-se à Microsoft, incluindo Stephen Elop, ex-executivo da Microsoft visto como um dos principais candidatos a substituir o executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer. Também devem ir para a empresa americana os executivos Jo Harlow, Juha Putkiranta, Timo Toikkanen e Chris Weber.
No momento, Elop está deixando o posto de executivo-chefe da Nokia para se tornar vice-presidente executivo de dispositivos e serviços. O presidente da Nokia, Risto Siilasmaa, ficará no cargo de Elop provisoriamente.
“Para a Nokia, este é um importante momento de reinvenção e, a partir de uma posição financeira forte, poderemos construir nosso próximo capítulo”, disse Siilasmaa. “Depois de uma avaliação completa sobre como maximizar os ganhos dos acionistas, dentre uma série de alternativas, nós acreditamos que esta transação é o melhor caminho a seguir para a Nokia e seus acionistas”, concluiu ele.
A mudança é um sinal claro que a Microsoft acredita que pode e deve obter sucesso no negócio de telefonia. A empresa avalia que não pode se dar ao luxo de deixar o resultado nas mãos de um parceiro, mesmo que seja uma Nokia, que apostou seu futuro no software do telefone da própria Microsoft.
“A união destas grandes equipes vai acelerar as ações e os lucros da Microsoft em telefones e fortalecer as oportunidades globais para nós e nossos parceiros por meio de toda a nossa família de dispositivos e serviços”, disse Ballmer em comunicado.
“Além de sua inovação e força em telefones em todas as faixas de preços, a Nokia traz comprovada capacidade e talento em áreas críticas, como o design de hardware e de engenharia, cadeia de suprimentos, gestão de produção, vendas, marketing e distribuição”, complementou o chefe da Microsoft.
A Microsoft vai mergulhar em suas grandes reservas de caixa no exterior para financiar o negócio. No final da operação, cerca de 32 mil funcionários devem transferir-se para a Microsoft, incluindo 4.700 na Finlândia, país de origem da Nokia.
Ao vender seu negócio mais conhecido para a Microsoft, a Nokia vai se concentrar em suas atividades de equipamentos de rede celular, serviços de localização geográfica e as chamadas “tecnologias avançadas”.
Fonte: Valor Econômico