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Meta de invasores em área verde no Distrito Industrial 2 é vencer autoridades pelo cansaço

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28/04/2015

Os invasores da comunidade batizada de “José Melo”, no Distrito Industrial 2, Zona Leste, desafiam as autoridades e dizem que vão permanecer no terreno até que a polícia os expulse novamente. A área ocupada por eles, que pertence à União e está sob responsabilidade da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), foi desmatada e invadida há aproximadamente um mês.

Eles aproveitaram o domingo para marcar ponto no local e reconstruir as barracas que foram derrubadas durante a reintegração de posse realizada no dia 23. A todo momento era possível ver homens, mulheres e crianças chegando ao local, instalando-se nos lotes em bancos improvisados, trazendo consigo comidas e bebidas. Bancas de churrasco, barracas vendendo cachaça e uma kombi comercializando bebidas faziam parte do cenário do dia. Ao avistarem o carro da reportagem, os invasores se mostraram desconfiados e ficaram “encarando” a equipe de A CRÍTICA.

Entre os que vinham chegando ao local, por volta das 10h, estava um homem que preferiu não se identificar. Questionado, ele respondeu à reportagem que havia invadido o local porque está desempregado há quatro meses e contou que está morando com a esposa grávida na casa da mãe porque não possui condições de pagar o aluguel. “Sei que a invasão é ilegal, mas não temos o que fazer. Nós, pequenos, não temos pra onde correr, então recorremos pra ilegalidade”, disse.

A pé, de moto, de carro...


Para chegar à invasão no Distrito 2, ele disse que caminha por aproximadamente uma hora, vindo do bairro Grande Vitória, na Zona Leste. Diferente de outros invasores que chegaram ao local de carro, entre eles picapes como Frontier, Monttana e Strada, além de veículos modelos Gol, Siena, Ka, Classic, Clio, Corsa e Prisma, todos estacionados na rua que corta o terreno, nas proximidades da fábrica Natural Sabores.

Outro homem contou que sai todos os dias do bairro Monte Sião, Zona Norte, para marcar território na invasão. “Pago R$ 350 de aluguel. Trabalho na construção civil, tenho mulher e dois filhos. A gente tem que lutar porque senão não tem nada. Se eu não precisasse, não estava aqui”, enfatizou.

Ilegal


Enquanto todos se “ajeitavam” nos lotes, uma mulher “na faixa” dos 40 anos circulava na primeira parte da invasão, em frente ao prédio do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM), com uma lista, onde anotava o nome dos interessados nos terrenos. Ela afirmava, com convicção: “A polícia não vai vir aqui, não”.

Por volta das 10h30 uma viatura do Ronda no Bairro circulou pela área, mas não parou. A polícia só pode executar uma nova reintegração após decisão judicial.

Denúncia de poluição de igarapé


Em um terreno invadido ao lado da fábrica Ecolab, os ocupantes denunciam que as empresas do entorno despejam óleo combustível no igarapé, que foi transformado num lamaçal negro e que exala um cheiro forte. Para chegar lá é preciso descer um barranco de 200 metros a partir da entrada da invasão.

Um dos homens, identificado como “José”, disse que estava “de plantão” no terreno porque deseja ter uma casa na cidade, uma vez que vive num sítio na zona rural. “Se a gente desmata eles fazem pior. Estão poluindo o igarapé. Tá tudo cheio de óleo. Tem muita coisa errada por aqui”, ressaltou o invasor.

Outros invasores diziam estar lá porque o terreno “não pertence a ninguém”, mesmo sabendo que a propriedade é da União e que é cedida para instalação de futuras fábricas no distrito.

A denúncia de poluição deve ser feita ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) pelo telefone (92) 2123-6700. Se comprovada a denúncia, o responsável pela poluição pode ser multado.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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