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Mesmo com queda na produção de motos, fabricantes esperam 'estancar' crise no setor em 2017

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13/07/2017

Reportagem publicada no portal G1.com

Fabricantes de motocicletas esperam "estancar" a crise no setor de duas rodas do Polo Industrial de Manaus ainda em 2017, mesmo com a queda na produção de 8,8% no primeiro semestre deste ano, segundo previsão da Associação dos fabricantes (Abraciclo), divulgada nesta quarta-feira (12). A projeção de crescimento anual é de 2,5%. O estoque baixo e a procura por financiamentos estão entre fatores que levaram à projeção.

De janeiro a junho de 2017, a indústria produziu 423.750 motocicletas. Enquanto no mesmo período do ano passado foram fabricadas 464.732 unidades. O balanço corresponde à produção de empresas do segmento instaladas no Polo Industrial de Manaus.

As vendas para o atacado (concessionárias) registraram uma redução ainda maior no primeiro semestre do ano, com recuo de 11%. Ao todo, 402.315 motos foram vendidas para as concessionárias. Já mesmo período de 2016, o volume de unidades comercializadas foi de 452.189.

“Esse desempenho do primeiro semestre estava dentro do esperado. Estamos confiantes que no final de 2017 vamos estancar o processo de queda, que vem ocorrendo desde 2011. A partir do ano que vem, esperamos voltar a ter crescimentos mais paulatinos. Estamos crentes que esse ano vai ser o ano da virada. Se a gente conseguir atingir nossas metas, vamos ficar com um número muito interessante, equilibrado em relação à 2016”, disse o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares espera produzir 910 mil motos entre janeiro até dezembro de 2017.

Fermanian destacou que somente quando as metas forem atingidas, o setor poderá ter mais segurança para traçar planos mais audaciosos para 2018 em diante.

"O ideal seria ocupar toda capacidade ociosa que temos hoje e voltar para o patamar de produzir 2 milhões, mas saltar de 900 mil para 2 milhões vai depender de todas as questões estruturais que nosso país precisa sofrer de melhoria e equilíbrio", afirmou.

Um dos fatores que compõem a previsão otimista é a alta de alguns segmentos. Dentre eles, a fabricação de scooters. Além disso, a modalidade de vendas financiadas, que foi o vilão do setor nos últimos anos, começou a dar sinais positivos, de acordo com a Abraciclo. No primeiro semestre deste ano, a modalidade de venda por financiamento foi a que mais cresceu.

Para alcançar a meta estabelecida pelos fabricantes, a produção, que é influenciada diretamente pelas vendas, precisa manter no mínimo o desempenho no segundo semestre deste ano.

“O varejo continua positivo. Terminamos o primeiro semestre sem estoques nos fabricantes. Alguns modelos nas concessionárias há tempo de espera e isso é bastante animador. Apesar do cenário adverso político e economicamente, o segmento começa a dar sinais mais positivos”, disse Fermanian.

Exportações

As vendas para o mercado externo fecharam o semestre com desempenho positivo. As exportações tiveram alta de 4,1%. Foram 32.417 unidades exportadas para fora do país. A maioria das motos foi exportada para Argentina e Colômbia. Juntos, os dois países concentraram quase 80% das exportações das motos fabricadas no Brasil.

Empregos

A fabricação nacional de motocicletas, quase totalmente concentrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), está entre as oito maiores do mundo. O faturamento no último ano foi de R$ 14,1 bilhões. As 14 empresas do setor de Duas Rodas geram mais de 12 mil empregos e são responsáveis por 17% dos empregos diretos do PIM. Porém, a crise econômica e política do Brasil impactou severamente os postos de trabalho nas indústrias.

“Tivemos um movimento de redução. Evidentemente, em função do encolhimento da produção e está por volta de 12 mil empregos, mas não há nenhuma previsão de queda daqui para frente. Talvez haja um movimento natural de troca de posições”, avaliou o presidente da Abraciclo.

A Honda uma das principais fabricantes de motos pretende estabilizar os postos de trabalhos ocupados na empresa no segundo semestre e em 2018. “Nós trabalhamos fortemente no cenário atual de estabilidade na produção e na venda, que significa manter o quadro de funcionários que temos. Fizemos ajustes para justar a capacidade produtiva e a demanda. A tendência é manter a estabilidade e acreditando na retomada do mercado, que vai possibilitar no futuro voltar a ter um quadro maior”, disse o diretor de relações públicas da Honda, Sérgio Bessa.

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