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Mesmo com indicadores melhores, setor industrial mostra desconfiança

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30/01/2014

Os empresários da indústria colheram boas percepções da atividade industrial em janeiro, mas se mostram descrentes com o cenário de negócios para os próximos meses. É o que indica a pesquisa mensal Sondagem da Indústria de Transformação, divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Dois fatores foram considerados positivos pelo superintendente adjunto de ciclos econômicos do Ibre-FGV, Aloisio Campelo: a queda de segmentos com estoques excessivos, que apontou o fim do processo de ajuste de estoques iniciado no último trimestre de 2013, e a alta da demanda externa, resposta à desvalorização cambial.

Entre 14 setores da indústria pesquisados, apenas o automobilístico apontou estoques acima do desejado. Em dezembro, dois setores estavam nessa situação e, em novembro, quatro. A FGV considera um setor superestocado quando pelo menos 10% das empresas que o compõem relatam incômodo com o nível de estoque. No mês, o indicador de demanda externa ficou em 95,7 pontos, maior nível desde janeiro de 2013. Químicos, alimentos e móveis puxaram a recuperação.

A sondagem também apontou alta de 0,3 ponto percentual na utilização da capacidade instalada, para 84,6%, e de 1,2% no Índice de Satisfação Atual (ISA), para 100,9 pontos, maior nível desde julho passado.

No entanto, o recuo de 1,9% no Índice de Expectativas (IE), para 98,1 pontos, ajudou na queda de 0,4% do Índice de Confiança da Indústria (ICI). "Há três fatores que atuam na percepção dos empresários, as notícias ruins sobre a economia veiculadas pela imprensa, a incerteza sobre o comportamento da atividade, e o contato com os clientes, do que deve vir de pedido de seus compradores para os próximos meses, que não deve estar favorável. Não me parece estar havendo recuperação sustentável da indústria", afirmou Campelo.

O comportamento instável da produção industrial ao longo do ano passado, mais o aumento da inflação, também elevaram o grau de incerteza dentro da indústria, diz Campelo. O indicador de situação futura dos negócios, em um horizonte de seis meses, mostrou essa percepção negativa. Em janeiro ante dezembro, o indicador caiu 3,5%. O dado que mais chamou a atenção foi o recuo, de 54% para 37% dos empresários que disseram que a situação dos negócios vai melhorar em seis meses.

A previsão da FGV é que a indústria da transformação cresça entre 1,5% e 2% neste ano.

Fonte: Valor Econômico

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