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Mercado reduz previsão da inflação para este ano

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14/12/2021

Depois de 35 semanas consecutivas de alta, previsão do mercado financeiro para o IPCA deste ano, que mede a inflação oficial do país, registrou uma leve queda de 10,18% para 10,05%. Para 2022, a estimativa de inflação, manteve-se em 5,02%.

Dólar

A expectativa para a cotação do dólar para o fim deste ano subiu de R$ 5,56 para R$ 5,59. Para o fim de 2022, a previsão permanece em R$ 5,55.

11,50% ao ano

Essa é a previsão do mercado para a Selic para o fim de 2022. Hoje a taxa está em 9,25%.

Avaliação divulgada pelo Banco Central diminuiu o IPCA de 10,18% para 10,05%; é a primeira redução após 35 semanas seguidas de alta

A previsão do mercado financeiro para o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, diminuiu de 10,18% para 10,05 neste ano. Essa é a primeira redução depois de 35 semanas consecutivas de alta.

A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa das instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação, do Focus, manteve-se em 5,02%. Para 2023, a previsão apresentou uma redução de 3,50% para 3,46%. Em 2024 registrou uma pequena variação de 3,10%, para 3,09%.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, também com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 9,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na última reunião do Copom deste ano, realizada na semana passada.

Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica chegue a 11,5 0% ao ano (na semana passada a estimativa era de 11,25%). E para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB ECÂMBIO

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 4,71% para 4,65%. Para 2022, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país- é de crescimento de 0,50%. Na semana passada, a estimativa de expansão era de 0,51 %. Em 2023 e 2024 o mercado financeiro projeta expansão do PIB de 1,90% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar para o fim deste ano subiu de R$ 5,56 para R$ 5,59. Para o fim de 2022, a previsão permanece em R$5,55.

Alimentos puxam inflação do Natal

A inflação do Natal deste ano mostrou variação de 5,39% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados ontem, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV)

Ela ficou abaixo da inflação medida pelo índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV, (9,88%) de dezembro de 2020 até novembro deste ano. Embora o resultado seja inferior ao apurado no mesmo período do ano passado, quando atingiu 13,51%, ele superou o de anos anteriores: 3,81% em 2019; 3,37% em 2018; e-2,30%, em 2017.

Segundo Matheus Peçanha, economista do Ibre e responsável pela pesquisa, o fator que mais puxou a inflação foi o aumento dos alimentos, com variação média de 7,93%, apesar de ter ficado bem menor do que no mesmo período do ano anterior^,61%).Nos últimos 12meses, o frango inteiro, por exemplo, subiu 24,28%, liderando a lista dos itens que mais pressionam o bolso do consumidor. Em seguida, aparecem ovos (17,79%), azeitona (15,13%),carnes bovinas (14,72%), farinha de trigo (13,70%) e azeite( 13,26%).

No sentido inverso, houve queda nos preços do arroz (-8,27%) e do pernil suíno (-1,27%). Peçanha lembrou que os problemas nos custos de produção, “que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica, ainda se fazem sentir, sobretudo, nas proteínas. Q câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços das proteínas em alta”. Ele disse, entretanto, que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes.

Preços dos presentes aumentaram

Em relação aos presentes para o fim de ano, o economista destacou que quem não antecipou as compras durante a Black Friday, em novembro, vai desembolsar neste Natal um pouco mais do que no ano passado. A média da variação de preços dos presentes mais procurados ficou em 3,39%, ante 1,39% de 2020, 1,28% em 2019, 1,71% em 2018 el,02%em 2017.

Vestuário (4,80%), acessórios (2,57%), recreação e cultura (2,13%) e eletrodomésticos e eletrônicos (1,73%) foram os segmentos que mais subiram. Peçanha alertou que os produtos que mais variaram também são os de menor valor. Por isso, recomendou que o consumidor deve ter cautela ao gastar, uma vez que o mercado de trabalho apresenta desemprego e renda reprimida e o cenário no país ainda é de incertezas elevadas.

Q economista Matheus Peçanha avaliou que o momento é de retorno gradual, “ainda que a variante Omicron já esteja no radar, e é natural ver o movimento da população de realizar um consumo que foi frustrado nessa mesma época do ano passado, mesmo com um cenário de emprego e renda não convidativos. É importante ter cautela, planejar bem o consumo e usar o crédito de modo responsável”, reforçou.

Ele recomendou que, para economizar, o consumidor deve pesquisar muito. “Hoje, a tecnologia facilita muito isso com buscadores de ofertas. Vale aproveitar descontos e, de repente, juntar com familiares, amigos ou vizinhos para fazer compras em quantidade e ganhar desconto no atacado”, finalizou.

Saiba mais

» Número recorde

A inflação oficial, medida pelo IPCA alcançou a marca de 10,74% no acumulado de 12 meses até novembro, segundo dados divulgados pelo IBGE na sexta-feira. O IPCA no governo Jair Bolsonaro (PL) superou a alta de preços registrada durante a gestão Dilma Rousseff (PT). No segundo mandato da petista, a inflação também disparou no Brasil, atingindo 10,71% em 12 meses até janeiro de 2016. Os 10,74% até novembro de 2021 representam o maior acumulado desde novembro de 2003, ano inicial do primeiro governo Lula (PT). À época, o IPCA chegou a 11,02%.

Quase 60% das empresas têm política de equidade

Levantamento aponta que 58% das empresas brasileiras têm políticas formais para a promoção da equidade de gênero, com metas claras e ações planejadas no ano de 2021. Em relação a 2019, houve crescimento de 17 pontos percentuais.

O estudo foi feito com 138 médias e grandes empresas em 42 setores da economia, incluindo comércio, serviço e indústria, no período de 2 de julho a 10 de setembro 2021. Esta é a 4a edição da pesquisa Mulheres na Liderança, realizada pela Women in Leadership in Latin America (WILL), organização internacional sem fins lucrativos criada para apoiar e promover o desenvolvimento de carreira das mulheres na América Latina.

De acordo com Priscilla Branco, gerente de Relações Públicas e Reputação Corporativa do Instituto de pesquisas (Ipsos), três ações tiveram crescimento importante desde 2019. “A primeira em relação a treinamento dos colaboradores, que são responsáveis pelas promoções, monitoramento da proporção de colaboradoras para verificar possíveis barreiras e entender quais são os empecilhos e o crescimento de metas para reduzir a proporção de quadros ocupados por homens”, disse.

Segundo o balanço, 53% das empresas conseguiram diminuir as disparidades salariais entre homens e mulheres por nível hierárquico, 67% estão contratando mais mulheres para cargos antes ocupados por homens e 62% contratando mulheres para cargos de nível hierárquico mais elevado.

Além disso, 70% das organizações contam com áreas específicas para garantira implementação de ações voltadas à liderança feminina. Em 51 % das empresas, foram estabelecidas metas para reduzir a proporção entre homens e mulheres em cargos de gerência ou executivos. Em 2019, essa fatia era de apenas um terço das empresas.

Fonte: Acrítica

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