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Mercado livre cresce no Amazonas

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04/08/2017

Reportagem publicada no Jornal do Commercio

A migração ao Mercado Livre de Energia é crescente no Amazonas. No último ano, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) registrou a adesão de mais de 2,3mil unidades consumidoras de energia ao Mercado Livre, no Estado, número 25 vezes superior ao quantitativo registrado em 2015. Somente no primeiro semestre deste ano o segmento recebeu quase 900 novas unidades consumidoras em todo o Estado. No país, pouco mais de 200 comercializadoras de energia atuam no mercado, dentre elas, o Grupo CPFL Energia, que opera na capital amazonense há quase dois anos e desenvolve projetos de expansão. Como resultado, o cliente pode contabilizar uma redução de até 30% no custo da taxa de energia.

De acordo com a assessoria da CCEE, em maio deste ano a câmara contabilizou 120 unidades consumidoras no Amazonas, um crescimento expressivo em relação a maio de 2016 quando o Estado contava com apenas uma unidade consumidora de energia. Em uma linha crescente a entidade registrou em 2015 apenas 93 adesões, volume que chegou a mais de 2,3 mil em 2016, e até junho deste ano 895 contratos para fornecimento de energia elétrica por meio do mercado livre.

Segundo a câmara, uma empresa que migra para o mercado livre de energia pode ter várias unidades consumidoras por meio de um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). A entidade considera que o movimento de migração no Estado, nos últimos dois anos demonstra intensidade.

A migração ao mercado livre permite ao consumidor a escolha entre os diversos tipos de contratos, o que melhor atenda às expectativas de custo e benefício.

Uma das empresas que expande as atividades com relação a compra e venda de energia para grandes indústrias e estabelecimentos comerciais, é a CPFL Energia. A empresa foi vendida recentemente para a estatal chinesa State Grid e atua na capital amazonense com o intuito de expandir sua participação no mercado livre local.

O presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos, relata que por meio do mercado livre as indústrias instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) podem ser beneficiadas expressivamente na compra de energia. A economia pode variar entre 15% a 30% em relação ao valor pago pelo fornecimento no mercado cativo. Atualmente, o grupo atende a 18 empresas na capital, dentre elas, a Moto Honda da Amazônia.

"O PIM é robusto e apresenta empresas de relevância nacional em termos de produção. As fabricantes podem ser potencialmente beneficiadas por estarem no mercado livre, ao considerar que a tarifa para quem está no mercado cativo é alta. Na migração para o mercado livre é possível ter economia expressiva na compra de energia", disse.

Segundo Marrocos, a empresa está em fase de expansão das atividades no Amazonas e negocia o atendimento a outras indústrias e consumidores como shoppings centers, universidades e demais consumidores.

Os consumidores que podem fazer parte do mercado livre são: Consumidor Especial - pode ser a unidade ou conjunto de unidades consumidoras cadastradas pelo mesmo CNPJ. A carga deve ser maior ou igual a 500 kW (soma das demandas contratadas) e tensão mínima de 2,3 kV; e Consumidor Especial - pode contratar apenas Energia Incentivada. Cada unidade consumidora deve apresentar demanda contratada a partir de 3 mil kW e tensão mínima de 69 kV.

O presidente enfatiza que a economia nos custos da energia para quem adere ao mercado livre está no desconto obtido no valor do transporte somado ao valor da compra da energia. "Nessa soma há um benefício, uma economia em relação a quem fica no mercado de energia convencional. A economia pode girar entre 15% e 30%", afirma.

Conforme o empresário, a CPFL Brasil utiliza usinas próprias de geração de energia localizadas nas regiões Nordeste e Sudeste do país com foco na geração a partir de fontes alternativas como energia eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa de cana-de-açúcar e solar.

"A partir do momento em que Manaus passou a estar conectado, os consumidores também puderam passar por essas aquisições de energia viabilizado por meio do Sistema Brasileiro de Transmissão de Energia que interconecta todas as regiões do país", explicou.

Manaus está entre as melhores capitais para projetos de energia solar

Manaus e Belém são as capitais brasileiras onde a energia solar apresenta o melhor retorno econômico, ao considerar fatores estratégicos, como a irradiação solar, o ICMS cobrado na cidade e a tarifa de energia cobrada pela distribuidora local. As informações são do Índice Comerc Solar, divulgado na última semana.

As cinco capitais nas quais os projetos de baixa tensão têm o melhor retorno no Brasil são: Belém (PA), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT) e Manaus (AM). Os consumidores conectados à baixa tensão são aqueles de pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residências. No caso das grandes unidades consumidoras atendidas em alta tensão, as cinco capitais mais atraentes para os projetos de energia solar são Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT), Brasília (DF), e Vitória (ES).

A geração de energia solar no Brasil cresceu quase quatro vezes de 2014 para 2015, de acordo com o Balanço Energético Nacional, da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). Dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) indicam um total de 12.173 unidades consumidoras com geração distribuída de energia fotovoltaicas no país com uma potência total de aproximadamente 100 mil kW. De acordo com a mesma agência, em 31 de dezembro de 2016 existia 44 centrais geradoras solar fotovoltaicas com capacidade instalada de 23,7MW. A mesma fonte indica que hoje no país existem 110 projetos de usinas fotovoltaicas em construção, que somarão, até 2019, 2.977,17 MW.

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