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Mercado eleva projeção da Inflação para 8,35%

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21/09/2021

Projeção do mercado para a inflação em 2021 traz expectativas de maior aperto monetário tanto este ano quanto para 2022. Pesquisa Focus do Banco Central mostra estimativa para a alta do IPCA, o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

Catástrofe pontual

As ações da Evergrande, que é responsável por cerca de 3,8 milhões de empregos em vários países, caíram 10,24%, com reflexos em várias bolsas.

5,25%

É o teto da meta

A meta da inflação para 2021 é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Previsão para 2021 está mais de 3 pontos acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central

A previsão do mercado financeiro para o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu, novamente, de 8% para 8,35% neste ano. É a 24a elevação consecutiva na projeção.

A estimativa está no Boletim Focus de ontem. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,10%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

COMBUSTÍVEIS

Em agosto, puxada pelos combustíveis, a inflação subiu 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando alcançou 10,36%.

TAXA DE JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Hoje (21) e amanhã (22), o Copom realiza a sexta reunião do ano para definir a Selic.

Na ata da última reunião, em agosto, os membros do comitê já indicaram que deve haver nova elevação, de 1 ponto percentual. Essa também é a expectativa do mercado financeiro, de que a taxa suba para 6,25% ao ano no encontro do Copom desta semana.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 8,25% ao ano. Na semana passada a projeção era 8%. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 8,50% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é 6,75% e 6,50% ao ano, respectivamente.

SELIC 'MEXE’ TUDO

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.

Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB CRESCE

As instituições financeiras consultadas pelo BC mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira este em 5,04%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,63%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,30% e 2,50%.

Aumento da alíquota do IOF em vigor

As novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que começaram a valer ontem, aumentam o custo do crédito para empresas e famílias. O aumento, que é de 36%, vai ser cobrado até o dia 31 de dezembro de 2021 e incidirá sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos e valores mobiliários.

O objetivo do governo é custear o Auxílio Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.

O IOF é um imposto cobrado pelo governo em alguns tipos de transações financeiras. Ele é composto por duas alíquotas diferentes: a diária e a fixa que incidem sobre operações de crédito, câmbio (compra e na venda de moeda estrangeira, como o dólar), de seguro realizadas por seguradoras, relativas a títulos ou valores mobiliários e também em operações com ouro.

Isto significa que, quando o imposto aumenta, mais caro fica o custo efetivo total de cada uma das operações.

Dólar na casa dos 5

A expectativa para a cotação do dólar também se manteve em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$5,23.

Em números

20 governadores assinaram, domingo, nota que desmente a versão do presidente Jair Bolsonaro de que seriam eles os responsáveis pelo aumento no preço dos combustíveis nos estados.

Pontos


Redução no consumo

X Pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro mostra que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de algum item alimentício desde o início do ano, com destaque para carne de boi, refrigerantes, sucos e laticínios. X De acordo com o levantamento, 67% cortaram o consumo de carne vermelha; 51%ode refrigerantes e sucos e 46% o de leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de forma e outros pães aparecem com 41% de redução. X Outros itens básicos, como arroz, feijão e macarrão, estão sendo menos consumidos por 34%, 36% e 38% da população, nessa ordem.

X O consumo de frango, porco e outros tipos de carne e do grupo frutas, legumes e verduras também teve queda relevante. X O fenômeno da substituição é percebido nos ovos: 50% das pessoas aumentaram o consumo do produto.

Evergrande: risco de calote derruba bolsas

O temor de um calote bilionário da Evergrande, uma gigante do mercado imobiliário chinês, derrubou Bolsas pelo mundo, provocando um mergulho no pregão no Brasil. As ações da empresa chinesa caíram para mínimas em 11 anos, à medida que se aproxima o prazo para vencimento de uma dívida e crescem os temores de calote.

A Evergrande tem se esforçado para levantar fundos para pagar seus muitos credores, fornecedores e investidores, com os reguladores alertando que seus 305 bilhões de dólares em passivos podem gerar riscos mais amplos para o sistema financeiro se não forem estabilizados.

A ação fechou em queda de 10,2%, depois de cair 19% para seu nível mais fraco desde maio de 2010. A unidade de gestão de propriedades da empresa caiu 11,3%, enquanto a unidade de carros elétricos perdeu 2,7%. A empresa de streaming de filmes Hengten Net, da Evergrande, despencou 9,5%.

“As ações continuarão caindo porque ainda não há uma solução que pareça ajudar a empresa a aliviar o estresse de liquidez, e ainda há muitas incertezas sobre o que ela fará no caso de reestruturação”, disse Kington Lin, diretor de gestão de ativos da Canfield Securities.

A Evergrande tem que pagar 83.5 milhões de dólares em juros em 23 de setembro. Ela tem outro pagamento de juros de 47.5 milhões com vencimento em 29 de setembro. Ambos os títulos entrariam em default se Evergrande não liquidar os juros dentro de 30 dias das datas de pagamentos programadas.

Saiba mais


» Quedas em série

O Ibovespa, principal índice da B3, recuou 2,33%, e fechou com 108.843 pontos. O dólar subiu 0,81%, cotado a R$ R$ 5,3320. Nos EUA, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram 1,78%, 1,70% e 2,19%, respectivamente. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 (zona do euro) retrocedeu 2,11%.

Fonte: Acrítica

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