06/12/2013
De acordo com o secretário de saúde do Sindmetal, Ricardo Ferreira, o fim dos prazos para regulamentação das empresas às normas previstas na NR 12 gerou essa diminuição nos acidentes. “Há uma maior exigência de revisão e cuidados e por isso houve essa melhora. A NR é a maior responsável, pois trata exatamente dos cuidados com os equipamentos, que são os principais responsáveis pelos acidentes.
O superintendente do SRTE-AM (Superintendencia Regional do Trabalho no Amazonas), Dermilson Chagas, destaca que os números já vêm sendo reduzidos desde 2010, quando a norma entrou em vigor. No entanto o número de irregularidades e reincidência ainda é grande no PIM. “As empresas reclamam por causa dos altos custos, ainda encontramos muitas irregularidades, mas já vem apresentando uma melhora. Temos que trabalhar agora para o número de acidentes diminuir.
Segundo dados da SRTE, 5,4 mil funcionários do PIM ficaram afastados por pelo menos 15 dias nos últimos três anos, devido a acidentes de trabalho ou lesão por esforço repetitivo. Esses dados equivalem a 51% de todos os trabalhadores do Amazonas. Em segundo lugar vem o comércio com 1.140 trabalhadores, correspondendo a 10,7% do total. Em terceiro o transporte com 1.020, correspondendo a 10,1%. O maior número de mortes no entanto é registrado na construção civil. Que corresponde a mais de 50% dos últimos 3 anos e teve 5 mortes registradas em 2013, do total de 19 mortes registradas pelo INSS.
A maior parte dos acidentes no PIM correspondendo a fraturas no dedo, com 13 ocorrências, seguido por escoriações nos membros com oito ocorrências e fratura na face com quatro. Dos acidentes de trabalho registrados no PIM, a maior parte partiu da empresa Steck com 11 ocorrências.
Doenças ocupacionais
Se o número de acidentes diminuiu o número de doenças ocupacionais do PIM mantém patamar semelhante ao dos últimos anos. Até o fim de novembro foram registrados 452 casos no PIM, contra 456 em 2012. No entanto, Ricardo Ferreira, afirma que o número real é maior pois as empresas se recusam a reconhecer a causa da doença. “São lesões provocadas pelos esforços repetitivos no trabalho. Atendemos por mês cerca de 220, 230 trabalhadores, mas as empresas ainda se recusam a abrir as Cat’s. Alegam que o trabalhador não adquiriu a doença na empresa”, afirma.
O receio do trabalhador a procurar o sindicato também é uma das causas. “Eles ficam com medo de perder o emprego e só procuram o sindicato quando já estão desligados da empresa, o que dificulta a exigência dos direitos”, lamenta. No entanto, Ricardo Ferreira acredita que os números também tendem a diminuir com a fim do prazo de adequação a NR 12.
A líder de casos de lesão por esforço repetitivo é a Moto Honda com 59 casos em 2013, seguida pela Samsung Eletrônico com 49 casos, em terceiro temos a LG Eletronics com 32 casos. O caso mais comum é o de bursite e tendinite no ombro, problemas de hérnia de disco também estão entre os mais comuns. Entre os mais raros está um trabalhador que adquiriu síndrome do pânico e dois trabalhadores que tiveram perda de audição.
Fonte: JCAM