05/08/2016
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que no período de 2015 a 2016, o Brasil vai registrar a pior recessão desde 1901, quando o PIB começou a ser calculado. "À medida que o déficit torna-se real, as despesas aumentam e as receitas caem. A receita liquida tributária, que foi 15% do PIB em 2011, está em 11%hoje. O Brasil tem dívida bruta pública que é muito elevada para o nosso nível de desenvolvimento. A dívida já supera 70% do PIB, e a média dos emergentes é 45% do PIB. O déficit primário, R$ 170,5 bilhões. É elevado. Mas é real, realista", comentou Meirelles. "No próximo ano, teremos uma meta de R$ 139 bilhões. É uma queda substancial e contra a tendência de aumento de déficit primário nos últimos anos. É importante mencionar que essa é uma realidade. O problema deve ser reconhecido e explicitado para ser enfrentado.
Esse é o ponto fundamental". "Vamos restabelecer a confiança do estado e a boa administração das empresas controladas pelo governo, como Petrobras, BNDES e Eletrobras. O controle da evolução das despesas para restabelecer a confiança, como forma de gerar investimento e emprego. Portanto, o desemprego tem que se atacado através da recuperação da atividade econômica". Para restabelecer o controle das finanças públicas, Meirelles disse que o governo vai apresentar uma emenda constitucional limitando as despesa de saúde e educação, além da Previdência. Ele disse que um aumento eventual dos tributos será decidido no fim do mês.
Emenda importante
Sobre a reforma da Previdência, Meirelles destacou a importância da aprovação da emenda constitucional para a reforma. "Mais importante que a idade que você vai se aposentar, é a segurança que vai receber. Todos têm que ter segurança".
Fonte: Jornal A Crítica