22/09/2014
"A Zona Franca é importante do ponto de vista econômico, social e ambiental. Se não fosse essa alternativa, a mesma pressão sobre Estados como Rondônia, Pará e tantos outros sofreram teria acontecido no Amazonas se não fosse a Zona Franca", disse Marina a jornalistas, depois de participar de um ato sobre mudanças climáticas. "É preciso que continue a Zona Franca, mas é preciso que se busque outras alternativas para que o Estados do Amazonas não seja o samba de uma nota só. É possível se ter várias notas musicais no desenvolvimento sustentável do Amazonas", afirmou a candidata.
Marina defendeu, como alternativa ao desenvolvimento do Estado, a criação de um polo tecnológico e o investimento em turismo.
"Isso tudo pode vir em socorro da economia criativa e termos processo econômico diversificado. A Zona Franca é importante, continuará sendo suportada, mas vamos buscar outras alternativas", reforçou.
Marina disse ainda que a BR-319, rodovia de liga Manaus a Porto Velho (RO), não é viável. Segundo Marina, não há nada que justifique a recuperação da rodovia. A obra de construção de metade dos 800 quilômetros da estrada, no meio da floresta amazônica, é promessa dos principais candidatos ao governo do Amazonas.
Ex-ministra do Meio Ambiente, Marina disse que para aprovar um projeto é preciso que a obra tenha viabilidade econômica, social e ambiental. “A BR-319 até hoje não provou sua viabilidade econômica, nem sua viabilidade social, nem ambiental”, disse Marina, ao participar de evento de campanha em Manaus.
A candidata disse que, durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aprovou a licença de obras como a BR 163, a Transposição do rio São Francisco e as hidrelétri cas do Rio Madeira. “Mas não abrimos mão de nenhum desses requisitos de viabilidade, que a BR-319 até hoje não provou. Qualquer empreendimento para ser feito precisa dessa comprovação”, repetiu.
“Qualquer projeto que não tenha fechado essa equação terá que continuar a fazer estudos ou, em alguns casos, não será feito. Isso quem vai dizer são os laudos técnicos”, afirmou.
Segundo ela, a obra é uma equação que precisa ser fechada e que, “obviamente, não é feita por decreto da presidente da República, mas por órgãos do Estado”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico