10/09/2024

O advogado e ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) foi o quarto candidato ao cargo do Executivo Municipal a apresentar as propostas de governo para o setor da indústria, numa reunião com a Presidência do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) e seus associados, na noite de segunda-feira, 09/08.

Conduzida pelo Presidente do Conselho Superior do CIEAM, Luiz Augusto Rocha, a reunião teve como objetivo ouvir as propostas de Marcelo Ramos, bem como, proporcionar aos associados a possibilidade de questionarem os candidatos sobre diversos temas, principalmente relacionados ao setor industrial.

No primeiro momento, Marcelo explanou as propostas, falando sobre um novo momento, uma Manaus do futuro e fez questão de reforçar seu compromisso e luta de muitos anos pelo setor da indústria.

“A defesa pela Zona Franca de Manaus está no meu DNA e acredito que o prefeito de Manaus precisa ter consciência do quanto o Polo Industrial é estratégico para essa cidade, não é só emprego. É emprego, é receita, é Universidade do Estado do Amazonas, é o Polo Industrial de Manaus que paga a conta do funcionário público, que paga a conta de água do estado do Amazonas, a conta de energia da prefeitura. É preciso entender a importância estratégica disso e valorizar esse espaço, aproximando o diálogo entre a prefeitura, a indústria e as associações representativas, como por exemplo, o CIEAM e a Federação da Industria”, pontuou.

Ramos reforçou, ainda, que a Zona Franca é um modelo de desenvolvimento que não se pode abrir mão. “A gente precisa diversificar, mas não abrir mão, porque é estratégico para o presente e para o futuro”, pontuou, acrescentando o número de empregos diretos e indiretos gerados pela atividade industrial, sendo cerca de um quarto da população manauara empregada por meio dessa atividade.

Os associados questionaram sobre assaltos, principalmente nas rotas do distrito industrial, ESG (meio ambiente, sustentabilidade e governança), mobilidade, dentre outros.

Ramos respondeu que é necessário incluir as rotas do distrito no plano de mobilidade, uma vez que é um modal que dá “alívio” ao transporte municipal. “Se não tivesse as rotas privadas que atendem o distrito, imagina o caos que seria no sistema de transporte público com a necessidade de levar tantos trabalhadores. O plano de mobilidade precisa incluir esse tipo de modal, como modal importante para a cidade de Manaus e não apenas para quem trabalha no distrito.

Sobre segurança no transporte, Ramos destacou que é preciso integrar o sistema de inteligência da prefeitura e do estado, não apenas para as rotas do distrito, mas de toda a cidade. “Tem uma regra em criminologia e serve para outras áreas, que é a regra 80/ 20. 80% dos assaltos em ônibus, 20% é cometido pelos mesmos assaltantes. Todos os ônibus tem câmeras, mas não estão interligadas com o CIOPS. A hora que você interliga e usa a Inteligência Artificial (IA), você sabe que entrou o assaltante no ônibus, notifica a viatura mais próxima e o tempo de resposta é muito mais ágil. Essa parceria pode ser feita inclusive, entre a prefeitura, governo do estado e transporte privado”, disse.

Educação, Saúde, Mobilidade e Ambiente de Negócios

Questionado sobre quatro coisas que podem marcar a gestão de Marcelo, caso chegue à prefeitura, Ramos citou a educação, saúde, mobilidade urbana e ambiente de negócios.

Na educação, o candidato falou principalmente sobre os anos iniciais, de 1º ao 5º ano, segundo ele é onde “forma” o ser humano. “Os países que conseguiram dar passos para o futuro foram aqueles que perceberam que é preciso ter uma sobrecarga de português e matemática na vida escolar da criança, porque quem não domina a língua e não domina as operações de matemática, não vai dominar nada”.

Na saúde básica, falou sobre a promoção da saúde, a volta do médico da família, entre outros. Já na questão da mobilidade urbana, Ramos destacou que é algo mais estrutural e exige planejamento a médio e longo prazo. “É preciso iniciar um projeto estruturante de preparar Manaus para o futuro, não ao ônibus e ao carro, mas ao pedestre, ciclista, passageiro de ônibus, ao motorista do carro. É sempre a pessoa e não o veículo”, disse.

E, em ambiente de negócios, Marcelo destacou que o poder público precisa criar um ambiente saudável para que a iniciativa privada possa prosperar e assim, gerar emprego, diminuir as demandas sociais sobre a prefeitura e gerar riquezas que fazem o orçamento público e possibilitam ao prefeito atender saúde, educação, saneamento e infraestrutura. “Dialogar muito com o setor produtivo local e transformar Manaus chamativa do ponto de vista de negócios”, finalizou.

Cunhãs Comunicação

Assessoria de Imprensa