18/11/2025
Produzir com responsabilidade. Distribuir com justiça. Inovar com propósito.
Belém, novembro de 2025
Entrada da Amazônia, coração do mundo.
O Chamado da Floresta
A Zona Franca de Manaus não é um projeto do passado: é a base de um projeto de futuro para o Brasil e o planeta.
Com mais de meio milhão de empregos gerados de forma direta, indireta e induzida, a indústria instalada no Polo Industrial de Manaus prova, dia após dia, que é possível produzir com floresta em pé, com tecnologia de ponta e inclusão social.
Saudando os participantes da COP 30, diante de uma crise climática que exige soluções concretas e rápidas, a indústria amazônica se levanta.
Não para se defender — mas para propor.
Não para reagir — mas para liderar.
Compromissos para um Novo Ciclo Industrial Sustentável
A indústria da ZFM, através de sua entidade representativa, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), apoia publicamente os seguintes compromissos até 2035:
- Neutralidade de carbono em seus processos industriais, com metas verificáveis e crescente uso de fontes renováveis.
- Inclusão das cadeias produtivas da biodiversidade e das populações indígenas, com rastreabilidade plena.
- Equidade de gênero e raça nas lideranças e conselhos empresariais, com metas claras de representatividade.
- Logística reversa e economia circular como pré-requisitos operacionais, alinhadas aos princípios de responsabilidade socioambiental.
Esses compromissos não são promessas: são rotas de ação já em curso.
A indústria amazônica não espera por incentivos: ela oferece soluções.
Propostas Estruturadas para o Brasil e o Mundo
A Manifestação apresenta propostas estratégicas, que dependem da articulação entre setor produtivo, entes públicos e organismos internacionais:
1. Adesão plena ao mercado regulado de carbono, com projetos jurisdicionais ancorados na ZFM, valorizando a floresta conservada e a industrialização verde.
2. Consolidação do Selo “ZFM+ESG – Amazônia Industrial Sustentável”, sob coordenação técnica da SUFRAMA, com auditoria social e chancela científica.
Os Dados que Sustentam o Compromisso
Os pesquisadores acendem a poronga da evidência – a luminária dos antigos seringueiros para a coleta noturna da borracha – para revelar, com base em dados do IBGE:
- A indústria amazonense representa 52% do Valor Bruto de Produção (VBP) do estado, frente a uma média nacional de 32%.
- O Amazonas tem a maior produtividade formal do Brasil, com 546 mil trabalhadores formais — dos quais 138 mil estão nas fábricas da ZFM.
- A ZFM responde por 35,3% da arrecadação tributária da Região Norte, com incentivos fiscais transformados em investimentos.
- O tempo médio de permanência no emprego na ZFM é de 25 meses, contra 17,5 meses na média nacional.
- O modelo impulsiona 29,4% do VBP da Região Norte e 21,8% do Valor Adicionado Bruto (VAB).
Esses dados não são narrativas de marketing.
São provas documentadas de que a Zona Franca é instrumento de soberania, inclusão e justiça regional.
Esses números evidenciam que a economia da floresta em pé é, ao mesmo tempo, uma barreira climática e uma alternativa de prosperidade justa.
A indústria amazônica é parte da solução global — não da ameaça.
Um Pacto Climático com Raízes Amazônicas
A Amazônia não é periferia do mundo industrial.
É o centro estratégico da solução climática global.
O Brasil não pode perder esse ativo geopolítico — que não é só uma reserva ambiental: é uma fábrica de futuro.
Somos a indústria da floresta e este é mais do que um manifesto, é um chamado à razão, à cooperação e à coragem.
Eis o compromisso do setor privado do Amazonas — um estado que mantém 97% de sua cobertura vegetal intocada - que é capaz de gerar
mais de meio milhão de empregos sem derrubar uma única árvore.
Uma demonstração eloquente de que desenvolvimento e conservação podem caminhar lado a lado.
Produzir com responsabilidade. Distribuir com justiça. Inovar com propósito.
Este é o pacto amazônico que o mundo precisa conhecer.
Assinam este Manifesto:
CIEAM – Centro da Indústria do Estado do Amazonas Indústrias da Zona Franca de Manaus
Observatório ESG Amazônia
Trabalhadores, Pesquisadores e Parceiros do Polo Industrial Sustentável.
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