03/05/2022
Representantes das entidades estudantis e professores do estado amazonense saíram em defesa da manutenção da Zona Franca de Manaus (ZFM) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em ato público realizado, na manhã desta terça-feira (03/05), em frente à sede do Governo do Amazonas, zona oeste. De acordo com a Seção Sindical dos Docentes da UEA (Sind-UEA), o governador Wilson Lima foi cobrado para ter uma posição mais incisiva com o governo federal, “sem a subserviência que tem lhe guiado até aqui”.
No protesto, os manifestantes ergueram faixa e distribuíram panfletos sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Polo Industrial de Manaus. Os participantes do ato publico são contra os decretos que tiram a competitividade do modelo econômico amazonense.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina, disse que os decretos federais afetam também os trabalhadores do setor, sobretudo a UEA. “Entendemos que a zona franca é de extrema importância para a sobrevivência com qualidade do povo amazonense e da educação. Porque o Fundo de Manutenção da Educação Básica é um fundo basicamente de impostos, e se não há trabalhadores e produção para isso, não há fábrica, o fundo terá redução. A UEA é uma que será duramente atacada e precisamos garantir tanto educação básica quanto educação superior para o povo amazonense”, comentou a sindicalista.
Atraso
O Sind-UEA cobrou o governador Wilson Lima pelo congelamento salarial que atinge docentes há sete anos e o não pagamento dos retroativos. Segundo o órgão sindical, o governador Wilson Lima negou os pedidos de diálogo do sindicato e segue até o momento em dívida com a categoria, que já acumula mais de 40% de perdas salariais, segundo estudo solicitado pelo sindicato ao Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Participaram da ação desta terça-feira o Sindicato dos Docentes da UEA (Sind-UEA; o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam); o Diretório Central dos Estudantes da UEA (DCE-UEA); a Associação dos Docentes da Ufam (Adua); a Associação dos servidores da UEA (Assua); e o Diretório Acadêmico da Escola Superior de Artes e Turismo da UEA (Esat).
Fonte: 18 Horas