03/12/2018
Notícia publicada pela Agência Estado
Veterano no segmento de bicicletas no Brasil – seu pai construiu a primeira fábrica da Caloi em 1945 -, o empresário Bruno Antonio Caloi Júnior, mais conhecido por Tito, vai inaugurar, em maio, uma fábrica na Zona Franca de Manaus (ZFM) para produção de modelos elétricos. Orçada em R$ 10 milhões, terá capacidade inicial para 3 mil unidades ao ano.
O segmento de e-bikes no Brasil hoje é apenas um nicho, com participação
de 0,35% das vendas totais. Investidores brasileiros, contudo, apostam em
comportamento similar ao que ocorre na Europa, que vem crescendo nos
últimos dez anos e hoje responde por 30% a 40% das vendas totais.
“Achamos que essa tendência vai chegar aqui e quem estiver pronto para
atender a essa demanda sairá na frente”, arma
Tito, presidente da Tito
Bikes.
Ele produz bicicletas normais em Mococa (SP) com as marcas Tito – criada
depois da venda da Caloi, em 1999 -, e Groove, que serão mantidas nos modelos elétricos. Antes de iniciar a produção em série, 120 unidades
foram montadas para teste e 90% delas foram vendidas a preços a partir
de R$ 6,5 mil.
A expectativa de crescimento do mercado brasileiro é compartilhada por outros empresários que estão iniciando ou ampliando produção. A Empresa Brasileira de Mobilidade Sustentável (EBMS), criada por uma holding de investimentos, iniciou em março a montagem de bicicletas elétricas da marca Pedalla em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Foram investidos R$ 15 milhões no projeto, diz José Wilson de Oliveira, diretor executivo da empresa.
A capacidade produtiva começa em cerca de 7 mil unidades ao ano, mas o objetivo futuro é passar de 20 mil. A maioria dos componentes será inicialmente importada, estratégia também usada pelos demais produtores que se queixam do preço e da falta de oferta local. Não há, por exemplo, fabricante de motores e baterias de lítio no País.