30/10/2019
Fonte: Jornal Diário do Amazonas
Manaus foi a cidade que mais investiu na Região Norte e a sexta maior do País, em obras e compras de equipamentos, ao somar aportes de R$ 430,8 milhões, em 2018, aumento de 20% se comparado com 2017. Os dados são do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Na cidade, o investimento per capita atingiu R$ 200,80, aponta o estudo.
Dos valores per capita, Rorainópolis (RR) foi o grande destaque com um montante de R$ 1.321,78 por habitante. O segundo município dentre os selecionados pela publicação foi Boa Vista (RR), com R$ 661,80.
Em valores absolutos, depois de Manaus e Boa Vista, estão Belém (PA), com aportes de R$ 212,9 milhões, queda de 0,2%, seguida por Santarém (PA), com um montante de R$ 88,7 milhões, alta de 163,3% e Marabá (PA), com R$ 84,2 milhões, um aumento de 82,5%.
Quedas acentuadas ocorreram em quatro cidades dentre as selecionadas por Multi Cidades na região: Ji-Paraná (RO), de 42,5%, de Araguaína (TO), de 24,2%, Palmas (TO), com 12,2%, e Belém (PA), com 0,2%. No caso de Palmas, o município havia elevado seus investimentos em 2017, em 33,6%. Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) médio de 2018.
Em sua 15ª edição, a publicação utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa tais como o Imposto Sobre Serviços (ISS), o Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU), as fatias destinadas pelo Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), das despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.
Nacional
O anuário Multi Cidades apontou que o volume total dos investimentos das cidades brasileiras foi de R$ 38,37 bilhões em 2018, um crescimento de 35,8% se comparado ao ano anterior. Apesar da alta, os anos anteriores foram de quedas expressivas em obras e aquisição de equipamentos pelas prefeituras.
“Os investimentos municipais iniciaram sua trajetória de queda em 2015. Após três anos de fortes retrações, os aportes caíram para um total de R$ 28,25 bilhões e a alta registrada de 35,8%, em 2018, ainda não é suficiente para repor a despesa aos patamares dos anos pré-crise”, explica o economista e diretor do anuário, Alberto Borges.