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Manaus cai em ranking de empreendedorismo

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18/11/2016

Manaus está entre as quatro piores cidades do Brasil no quesito empreendedorismo, segundo o Índice de Cidades Empreendedoras 2016 (ICE2016), divulgado nesta quinta-feira. O estudo é realizado, anualmente, pela organização não-governamental que atua no estímulo ao empreendedorismo, Endeavor. O estudo indica, ainda, que Manaus caiu duas posições no ranking nacional, em relação a 2015.

No ICE2016, foram analisadas 32 cidades brasileiras, de 22 Estados. Juntas, essas cidades representam mais de 40% das Scale-ups do País e cerca de 40% do PIB nacional. O índice avalia o ambiente empreendedor de cidades brasileiras, levando em consideração 60 indicadores. Eles estão distribuídos em sete pilares: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora.

No estudo, Manaus foi citada como detentora do grande potencial da Zona Franca, porém, com déficits históricos em capital humano e inovação. “Não há mais tempo a perder”, diz o ICE2016.

No quesito infraestrutura, Manaus foi avaliada como a pior cidade. “Se é complexo melhorar sua conectividade, é urgente que as cidades mais distantes dos grandes centros criem condições internas melhores, como Belém e Manaus e algumas do Nordeste. São capitais com a violência descontrolada, um trânsito já pesado (mesmo com renda e tamanhos menores) e um alcance limitado de internet”, diz o estudo.

No pilar de infraestrutura, os indicadores foram divididos em dois grupos, que avaliam as condições de conectividade externa e interna das cidades.

No acesso ao capital, que é primordial para o empreendedor que inicia seu negócio e precisa de recursos, Manaus também ficou em último. No quesito capital humano, a posição de Manaus é a 30ª, mostrando que a capital não dispõe, ainda, da quantidade de profissionais qualificados que necessita. No subquesito ‘mão de obra qualificada’, Manaus ficou na última posição do Brasil.

Considerando o ambiente regulatório, que compreende o tempo que um empreendedor gasta para abrir um novo negócio, os impostos municipais e estaduais que pesam nos custos e se o sistema tributário afeta a empresa, Manaus ficou na 20ª posição, caindo uma em relação a 2015.

Mercado

Já em relação a mercado, que analisa o local ou destino para quem se venderá um serviço ou produto, Manaus obteve boa pontuação e foi analisada como a segunda melhor cidade do Brasil. “A crise também puxou para baixo as chances de empreendedores menores conseguirem vender para empresas de maior porte. Apesar da variação negativa, as três primeiras cidades desse indicador continuam sendo as mesmas do ano passado: Manaus, Belém e São Luís”, relata o ICE2016.

Em inovação, Manaus ficou em 13º lugar no ranking brasileiro. Afetado pela crise, o número de contratos de concessões de tecnologia caiu 11,6% nas cidades pesquisadas, o que significa que deixaram de ser feitas 223 parcerias de concessões de tecnologia nas cidades do estudo. “Manaus, com sua Zona Franca e remando contra a maré, ampliou a vantagem no indicador, que cresceu 12%”, diz a Endeavor.

No Índice de Cidades Empreendedoras 2015, Manaus foi considerada a 26ª cidade mais empreendedora do Brasil. Em 2016, a capital do Amazonas caiu duas posições.

Crise

“Belém (de 29ª para 26ª) e Manaus (de 26ª para 28ª) até conseguiram evoluir em alguns indicadores, mas, assim como no restante do País, vários indicadores sofreram quedas devido à crise econômica nacional, afastando ainda mais as duas maiores cidades do Norte do patamar de ambiente de negócios encontrado nas melhores cidades”, analisa o ICE2016.

Segundo a Endeavor, os empreendedores de Manaus, assim como de Belém, podem aproveitar uma maior inclinação cultural local ao empreendedorismo.

“A presença da Zona Franca faz com que a cidade seja convidativa a novos empreendedores”, diz o estudo.

Seis das dez cidades mais empreendedoras são do interior

Das dez cidades mais empreendedoras do País, seis ficam no interior, segundo o Índice de Cidades Empreendedoras 2016.

Assim como em 2015, São Paulo apareceu em primeiro lugar na lista, seguida por Florianópolis, que manteve sua segunda colocação. Campinas (3º), Joinville (4º), São José dos Campos (6º), Sorocaba (8º), Maringá (9º) e Ribeirão Preto (10º) são as cidades interioranas entres as dez primeiras colocadas.

O índice criado pela Endeavor avalia o ambiente empreendedor de 32 cidades brasileiras, levando em consideração 60 indicadores.

Rio de Janeiro e Curitiba, que apareciam entre as dez primeiras colocações em 2015, perderam espaço: o Rio é hoje 14ª colocada (foi a décima em 2015) e Curitiba, a 15ª, depois de figurar em oitava, no ano passado. A lista das dez primeiras deste ano é completada por Vitória (5º) e Porto Alegre (7º).

Fonte: Portal D24am.com

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