11/09/2014
A sondagem informa que, pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2012, início da série histórica, a proporção de indústrias que investiram menos (30%) supera a das que investiram mais (29%). No mesmo período do ano passado, 25% das empresas tinham reduzido os investimentos e 36% tinham aumentado os aportes nos 12 meses anteriores.
A série mostra como os investimentos caíram ao longo de 2014. No último trimestre do ano passado, 41% das empresas consultadas diziam ter investido mais, percentual que caiu para 37% nos primeiros três meses deste ano, para 31% no segundo trimestre e para 29% agora. Ao mesmo tempo, o percentual das que investiram menos chegou a cair do fim de 2013 para o início de 2014, de 20% para 18%, mas depois voltou a aumentar, para 24% e, agora, a 30%.
Quanto ao futuro, a proporção de empresas do setor industrial que pretende investir mais permaneceu em 30% no terceiro trimestre, mesma taxa do segundo, mas esse percentual era de 34% no primeiro trimestre e de 43% no fim de 2013. Já a fatia daquelas que planejam investir menos aumentou de 14% no fim de 2013 para 23% no terceiro trimestre deste ano.
A sondagem também consultou as empresas a respeito da origem dos recursos para investimentos em 2013 e 2014. No ano passado, a participação dos lucros e reservas reinvestidos continuou sendo a opção majoritária pelo 14º ano consecutivo, com participação média de 63% no total de recursos usados pela indústria. Os empréstimos no país representaram, em média, 28% das fontes de recursos, mesmo percentual alcançado em 2012 e três pontos percentuais abaixo do patamar alcançado em 2011, maior nível da série histórica iniciada em 2000.
Nas projeções feitas para este ano, houve ligeira queda no percentual de empresas que apontam o uso de lucros e reservas reinvestidos em relação ao projetado no ano passado, de 62% para 59% do total. No caso dos empréstimos no país, a participação média projetada ficou em 31% do total, mesmo valor projetado para o ano passado.
Fonte: Valor Econômico