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Mais de 50% das vagas abertas são pelas micro e pequenas empresas no Amazonas

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30/08/2022

As MPEs (micros e pequenas empresas) sustentaram a geração de empregos com carteira assinada no Amazonas pelo sexto mês consecutivo, em junho. Mas, o ritmo arrefeceu. Puxados por serviços e comércio, os pequenos negócios abriram, no total, 2.963 novas vagas, o que correspondeu a 56,60% dos postos de trabalho abertos no Estado (5.235), no período. As MGEs (médias e grandes empresas), por outro lado, aumentaram sua fatia para 42,90% (2.246). É o que revela o boletim mensal do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), a partir dos dados do ‘Novo Caged’ (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Até então, as micro e pequenas empresas amazonenses vinham mantendo sua participação em um patamar acima dos 70%, a despeito das condições macroeconômicas desfavoráveis. A vantagem ainda segue maior no acumulado do ano, com os empreendedores respondendo por 81,38% (14.927) de todos os empregos gerados no Amazonas, de janeiro a junho (18.342). A performance também se mantém melhor do que a contabilizada no primeiro semestre de 2021 (11.331). Em contrapartida, as empresas de maior porte geraram 17,88% (3.279) das vagas, e a administração pública contribuiu com apenas 0,46% da oferta (84).

Ainda assim, o saldo positivo proporcional do Amazonas em julho foi o quarto melhor para o mês, no ranking brasileiro. As MPEs abriram 19,27 postos de trabalho, a cada mil gerados. Só perdeu para Amapá (26,61), Mato Grosso (20,84) e Acre (19,84). O pior número em todo o país ficou no Rio Grande do Sul (4,84). No acumulado do ano (97,1 p/mil), o Amazonas se segurou na terceira colocação, ficando atrás apenas de mesmo Amapá (114,49 p/mil) e de Roraima (100,6 p/mil).

O desempenho do Amazonas, entretanto, ficou aquém da média nacional, que também desacelerou. Os pequenos negócios foram responsáveis pela criação de 176.813 novos empregos formais de Norte a Sul do Brasil, em junho. O montante equivale a 63,6% do saldo de empregos total no mês (277.944), conforme o levantamento do Sebrae. A fatia também aumenta no semestre. De janeiro a junho de 2022, o país somou 961.877 vagas abertas, sendo que os empreendimentos de micro e pequeno porte responderam por 72,1% das vagas totais no país (1.334.791). Mas, diferente do ocorrido no Estado, o resultado foi mais fraco do que o de 2021 (1.054.022).

Serviços na frente

A queda nas estatísticas locais da Covid-19 –a despeito do breve repique pós-Festival de Parintins –e a consequente flexibilização no uso de máscaras e normas de distanciamento social segue favorecendo a realização de eventos e serviços presenciais. Com isso, o setor de serviços (1.070) voltou a liderar a abertura de vagas das MPEs do Amazonas. O número, no entanto, veio 15,21% mais modesto do que o atingido em maio (1.262).

Praticamente todos os setores fecharam o mês no azul. O comércio (+776) veio em um distante segundo lugar, também experimentando um decréscimo mensal (-5,36%). Em contraste, as micros e pequenas empresas atuantes na construção (+573) e na indústria de transformação (+530) ganharam vigor nas contratações, na mesma comparação (+46,92% e +38,38%, respectivamente). Já serviços de utilidade pública (+16) e indústria extrativa mineral (+1) voltaram a ter números irrisórios, enquanto a agropecuária (-3) pontuou o único resultado negativo. Em paralelo, as MGEs encolheram em agropecuária (-3), comércio (-63) e SIUP (-19).

De janeiro a junho, os serviços também continuaram sendo o motor das contratações das micro e pequenas empresas do Amazonas, com a abertura de 6.005 postos de trabalho com carteira assinada. Foram seguidos pelas atividades de comércio (+3.184), construção (+2.365), indústria de transformação (+2.233), agropecuária (+60), indústria extrativa mineral (+42) e serviços de utilidade pública (+48).

O Estado seguiu a tendência nacional. Em junho, o setor que mais contratou em todo o país também foi o de serviços, com saldo de 78.289 postos de trabalho. O segmento de comércio (41.364) abriu vantagem sobre o de construção (29.100), com o qual tinha ficado praticamente empatado nos levantamentos anteriores. A indústria (+23.886), a agropecuária (+2.354), os SIUP (+1.071) e a indústria extrativa mineral (+749) ocuparam as colocações seguintes. A dinâmica foi semelhante no acumulado dos seis meses iniciais do ano.

“Mês atípico”

Em texto postado no site da Agência de Notícias Sebrae, o presidente do Sebrae nacional, Carlos Melles, avalia que os números da pesquisa confirmam que as pequenas empresas são o segmento com melhores condições para responder ao desafio da criação de empregos no país. “Apesar da alta da inflação, que atingiu em cheio os pequenos negócios, os empreendedores conseguiram manter um primeiro semestre extremamente positivo. Acreditamos que a nova fase do Pronampe, iniciada no final de julho, deve contribuir ainda mais para a melhoria desse cenário, permitindo que as micro e pequenas respirem um pouco melhor e façam os investimentos necessários para aumentar a sua produtividade”, ponderou.

Já a gerente da unidade de Gestão e Estratégia do Sebrae-AM, Socorro Correa, reforça à reportagem do Jornal do Commercio que julho foi um “mês atípico” e que os dados apresentados no levantamento mostram mais um ganho mais robusto das médias e grandes empresas locais, do que uma eventual perda das MPEs amazonenses. Vale notar que o número gerado pelos pequenos negócios teve um aumento discreto entre maio (2.897) e junho (2.963), de 2,28%. As MGEs, por outro lado, avançaram 80,55% na mesma comparação.

“Houve uma elevação na geração de empregos pelas empresas de grande porte, reduzindo a participação dos pequenos negócios. Contudo, observando os dados acumulados do primeiro semestre de 2022, é indiscutível o papel dos pequenos negócios para a economia como geradores de renda e emprego. O segundo semestre tem eleições, Copa do Mundo de futebol e festas de final de ano, com pandemia controlada. A tendência é que ocorra maior movimentação econômica e que os pequenos negócios possam demandar mais mão de obra”, finalizou.

FONTE: Jornal do Commercio

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