19/03/2014
A paralisação já dura quase um mês, e os trabalhadores ao discordarem da proposta ameaçam convocar os 30% dos servidores que se mantêm nos seus postos de trabalho.
O Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa) realizou, na manhã de ontem, mais uma reunião em frente à sede da autarquia. Desta vez, foi apresentada aos servidores a proposta encaminhada pelo governo federal.
Insatisfeitos, os trabalhadores não aprovaram o acordo e decidiram manter os braços cruzados enquanto não tiverem uma resposta satisfatória vinda de Brasília.
De acordo com o presidente do Sindframa, Stênio Borges, a proposta do governo federal não tem compromisso em atender as solicitações feitas pela categoria, uma vez que deixou claro ser muito difícil o reajuste salarial da classe ainda para este ano.
O parecer do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) foi muito aquém do que o sindicato esperava, o que gerou grande desconforto por parte do movimento.
O sindicalista considerou o Termo de Acordo (TA) uma afronta ao frente ao que foi solicitado pelos servidores da Suframa. “A tentativa de acordo apresentada pelo governo federal não foi satisfatória e nem sequer busca atender nossas propostas.
Nós apresentamos uma contraproposta e vamos aguardar uma nova posição por parte do Mpog. Com nossos representantes em Brasília para discutir questões referentes à ZFM, esperamos que eles discutam sobre nossa situação e nos ajude”, afirmou Borges.
Com a paralisação, conforme apontou o vice-presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Nelson Azevedo, estima-se com base no faturamento do PIM no ano passado que os prejuízos cheguem a R$ 3 bilhões por dia.
Os servidores da Suframa continuam com suas reivindicações iniciais, que são: a reestruturação da tabela de salários, que está defasada desde 2008, a criação de uma carreira própria, a reestruturação das áreas descentralizadas, o retorno da autonomia da autarquia e a aprovação mais rápida dos Processos Produtivos Básicos (PPBs).
Prejuízo
Enquanto isso, alguns setores como o Eletroeletrônico, por exemplo, sentem os prejudicados causados pela greve. O presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees-AM), Celso Piacentini, divide a questão da greve dos servidores da Suframa em duas partes: operação e estrutural.
“No quesito operação poucas empresas estão tendo problemas. Já do ponto de vista estrutural, algumas fábricas já estão sendo afetadas na parte mais importante: questão estratégica”, salientou Piacentini. Ele não soube avaliar em valores reais o prejuízo que já atingiu o setor neste primeiro mês de greve.
Fonte: Amazonas Em Tempo