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Mais de 1,3 mil carretas estão impedidas de despachar com a greve na Suframa

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19/03/2014

Aproximadamente 1,3 mil carretas estão estacionadas e impedidas de despachar mais de 26 mil toneladas em cargas para o Pólo Industrial de Manaus (PIM). O acúmulo é o resultado atual da paralisação de 70% dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que recusaram proposta encaminhada pelo governo federal há dois dias, com o objetivo de pôr um ponto final na greve.

A paralisação já dura quase um mês, e os trabalhadores ao discordarem da proposta ameaçam convocar os 30% dos servidores que se mantêm nos seus postos de trabalho.

O Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa) realizou, na manhã de ontem, mais uma reunião em frente à sede da autarquia. Desta vez, foi apresentada aos servidores a proposta encaminhada pelo governo federal.

Insatisfeitos, os trabalhadores não aprovaram o acordo e decidiram manter os braços cruzados enquanto não tiverem uma resposta satisfatória vinda de Brasília.

De acordo com o presidente do Sindframa, Stênio Borges, a proposta do governo federal não tem compromisso em atender as solicitações feitas pela categoria, uma vez que deixou claro ser muito difícil o reajuste salarial da classe ainda para este ano.

O parecer do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) foi muito aquém do que o sindicato esperava, o que gerou grande desconforto por parte do movimento.

O sindicalista considerou o Termo de Acordo (TA) uma afronta ao frente ao que foi solicitado pelos servidores da Suframa. “A tentativa de acordo apresentada pelo governo federal não foi satisfatória e nem sequer busca atender nossas propostas.

Nós apresentamos uma contraproposta e vamos aguardar uma nova posição por parte do Mpog. Com nossos representantes em Brasília para discutir questões referentes à ZFM, esperamos que eles discutam sobre nossa situação e nos ajude”, afirmou Borges.

Com a paralisação, conforme apontou o vice-presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Nelson Azevedo, estima-se com base no faturamento do PIM no ano passado que os prejuízos cheguem a R$ 3 bilhões por dia.

Os servidores da Suframa continuam com suas reivindicações iniciais, que são: a reestruturação da tabela de salários, que está defasada desde 2008, a criação de uma carreira própria, a reestruturação das áreas descentralizadas, o retorno da autonomia da autarquia e a aprovação mais rápida dos Processos Produtivos Básicos (PPBs).

Prejuízo

Enquanto isso, alguns setores como o Eletroeletrônico, por exemplo, sentem os prejudicados causados pela greve. O presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos Eletrônicos e Similares do Estado do Amazonas (Sinaees-AM), Celso Piacentini, divide a questão da greve dos servidores da Suframa em duas partes: operação e estrutural.

“No quesito operação poucas empresas estão tendo problemas. Já do ponto de vista estrutural, algumas fábricas já estão sendo afetadas na parte mais importante: questão estratégica”, salientou Piacentini. Ele não soube avaliar em valores reais o prejuízo que já atingiu o setor neste primeiro mês de greve.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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