13/08/2013
O número de dispensas foi 0,2% superior ao registrado no mesmo período de 2012, quando os setores “mandaram embora” 14.002 colaboradores, segundo dados divulgados pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM).
A H-Buster, segundo os dados divulgados pelo sindicato, foi a empresa que mais demitiu nos primeiros sete meses do ano, ao cortar sozinha 1.172 postos de trabalho. Em seguida vieram a Jabil e a Samsung, que desligaram 957 e 814 funcionários respectivamente.
Na lista das dez empresas que mais contribuíram com o número de desligamentos no PIM também estão presentes a Moto Honda (-601 postos), a Semp Toshiba (-468 postos), a LG (-353 postos) e a Philco (-345 postos). A Nokia apareceu em oitavo lugar, com 335 demissões, a Flex ficou em nono lugar com 283 desligamentos e a Sony em décima posição com 282 postos de trabalho eliminados.
O presidente do Sindmetal-AM, Valdermir Santana, atribuiu o volume de demissões acumuladas a situações pontuais vivenciadas por empresas específicas, como foi o caso da H-Buster. Durante os primeiros meses do ano, a H-Buster teve sérios problemas com dívidas e dificuldades para o pagamento de funcionários que, com salários atrasados, aderiram ao plano de demissão voluntária.
Santana lembra que a Jabil, em função do encerramento de contrato com a fabricante de set top box – conversor digital para televisores – Pace Brasil, desligou 400 funcionários em julho de uma só vez, o que teria influenciado o resultado.
Outro fator que influenciou nos números, segundo o sindicalista, foi a alta rotatividade de funcionários nas fábricas de Manaus. “Não estamos conseguindo fixar trabalhadores por muito tempo em uma fábrica. Contratos curtos são cada vez mais comuns e impulsionam os números de demissões. Não significa que não há contratação, mas o fluxo de entrada e saída está intenso”, destacou.
As dez mais
Embora nove das dez fábricas “campeãs” de demissões no período pertençam ao setor eletroeletrônico, o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus (Sinaees-AM), Celso Piacentini, ponderou que ao analisar o nível de contratação, o volume de demissões não assusta o setor.
“Não temos os dados fechados, mas a observação do mercado e do segmento nos leva a crer que o número de admissões tem sido superior, o que afasta um desequilíbrio que ocorreria se estivéssemos apenas demitindo, sem contratar”, avaliou.
Fonte: Amazonas Em Tempo