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Mais de 100 mil desligamentos no ano

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24/07/2013

No Amazonas ocorreram 108.313 desligamentos no primeiro semestre do ano, segundo dados do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados). Apesar do alto número de demissões o saldo é positivo. O número de admissões no semestre foi de 116.431 o que reflete um número de 8.118 vagas de emprego preenchidas a mais no saldo ajustado.

Os números refletem um momento de recuperação do polo em relação a 2012, ano de crise. Mas ainda abaixo dos encontrados em anos anteriores. Em 2012 o saldo foi de 2.941 em relação a admitidos contra desligamentos. Mas em 2011, esse saldo no primeiro semestre chegou a 28.520 mais de 60% superior aos números obtidos em 2013. Deixando 2013 com o terceiro pior saldo dos últimos 10 anos, perdendo apenas para 2012 e 2009, ano da crise mundial e único a registrar saldo negativo, - 11.466.

Na comparação com os outros Estados da região Norte, o Amazonas ficou atrás apenas do Pará, tanto no número de desligamentos quanto de admissões. Foram 192.154 admissões no Pará e 183.760. No saldo o Estado do Pará obteve uma pequena vantagem com 8.394. O terceiro Estado com melhor desempenho foi o Tocantins com saldo de 2.588 empregos. Se contarmos também os Estados do Nordeste, o Amazonas fica atrás apenas da Bahia com 26.640 de saldo de empregos e Ceará com 13.152.

Apenas no mês foram 15.115 desligamentos contra 17.449 admissões. Um saldo positivo de 2.334 vagas de emprego e um crescimento de 0,52% se compararmos com o mês anterior. Segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), o mês de maio costuma sempre mostrar um comportamento mais favorável em relação a junho, com exceção de 2008 e agora 2013 o que parece confirmar a hipótese da postergação de uma parte das contratações daquele mês.

Comércio

No saldo divulgado pelo Caged por setor de atividade, o setor de indústria da transformação foi o que apresentou o maior crescimento no Estado. O saldo é de 1.677 empregos a mais, seguido por serviços com saldo de 515 e construção civil com saldo de 216. A baixa, no entanto, ficou para o setor de comércio que apresentou um deficit de 69 empregos formais gerados. Todos os dados referentes aos setores de atividades são dados sem reajustes.

A Agropecuária, também apresentou uma redução de 18 vagas. Indo contra os dados nacionais onde o setor foi o que liberou a abertura de vagas formais com 59.019 postos no país. Ainda sobre os dados nacionais, o setor de serviços teve um saldo líquido de empregos formais de 44.022, mostrando reação em relação ao mês anterior. No comércio, foram abertos 8.330 novos postos de trabalho e, na indústria de transformação, 7.922.

Dados sugerem 1,4 milhão de novas vagas por ano no país

Com os novos dados divulgados, o Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, anunciou a redução da estimativa no número de empregos gerados no país em 2013 de 1,7 milhão para 1,4 milhão. O ministro relutou em divulgar os números afirmando que não faria novas estimativas, mas posteriormente admitiu que a nova realidade do cenário nacional indica que os números pensados no final do ano passado não devem ser alcançados.

Fonte: JCAM

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