30/07/2018
Notícia publicada pelo Portal D24AM
Mais de metade das empresas (56%), que participaram de um
levantamento realizado pela primeira vez pela KPMG sobre gestão de
riscos, apresenta maturidade abaixo da classificação
intermediária
(madura), sendo 29% no nível fraco e 27% no sustentável. Segundo ainda o
estudo, 40% delas estão no nível maduro, 2% no integrado e apenas 2% no
avançado. Essas conclusões estão na primeira edição da ‘Pesquisa da
Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil’ realizada
recentemente e que reuniu informações de mais de 200 organizações de
diversos setores da economia.
“A gestão de riscos precisa fazer parte de uma agenda executiva global,
pois as organizações têm enfrentado desafios
cada vez mais complexos
relacionados a inovações, concorrência, mudanças geopolíticas e
tecnologias disruptivas. Quem não conseguir aperfeiçoar a abordagem de
gestão de riscos em um ambiente em constante evolução colocará em
dúvida o crescimento e a sustentabilidade das organizações”, arma
a
sócia-diretora da KPMG no Brasil, Renata Bertele.
Outro dado que se destaca é que o gerenciamento de riscos ainda é
recente na maioria das empresas, já que apenas 44% dos entrevistados
têm processo estabelecido há menos de três anos e 20% há menos de um
ano. Segundo 62% dos participantes, o nível do entendimento do processo
de gestão de riscos dos colaboradores é baixo ou inexistente e 56%
disseram que ela não é considerada na avaliação de desempenho dos
executivos e gestores.
O estudo apontou, ainda, os principais riscos, segundo os entrevistados,
que afetam as empresas: regulatórios (63%), operacionais (60%), de
tecnologia da informação (34%), associados à execução da estratégia de
negócios (31%) e as condições econômicas e de mercado (30%).
As conclusões da pesquisa também indicaram que 69% dos entrevistados
não integram a gestão e o planejamento estratégico. Por outro lado,
questionados se esse gerenciamento favorece o alcance dos objetivos
estratégicos, 96% dos respondentes armaram
que sim.
Implementação
Sobre os principais influenciadores para a implementação da gestão de riscos, os entrevistados apontaram a melhoria na implantação das práticas de governança corporativa e visibilidade interna e para o mercado (70%), o desejo de reduzir a exposição ao risco em toda empresa (70%), a motivação para melhorar o desempenho corporativo (37%) e a necessidade de evitar escândalos éticos e de reputação (37%).
Já com relação aos obstáculos mais citados para a implementação da
gestão de riscos, os participantes da pesquisa destacaram ausência de
cultura no tema (65%), existência de outras prioridades (56%) e falta de
clareza em relação aos benefícios potenciais (52%).
“Muitas vezes, os obstáculos crescem mais rápido que a habilidade das
empresas responderem a eles. O ambiente complexo do mercado requer
uma capacidade ainda mais forte das empresas dominarem e otimizarem
o processo de gestão de riscos”, completa a sócia-diretora da KPMG,
Renata Bertele.
A pesquisa da KPMG também destacou as etapas envolvidas para a
construção de um processo de gestão de riscos eficiente,
indicando os
principais benefícios da identicação
do nível de maturidade desse
gerenciamento: fornecer uma visão do grau de maturidade ao Conselho de
Administração; prover diretrizes para aprimorar o processo; identificar
pontos fortes e os que precisam ser desenvolvidos para prover
recomendações; planejar e direcionar os investimentos e recursos para os
pontos mais relevantes do processo.