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Maior centro de inovação tecnológica do país, CESAR planeja retorno a Manaus

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11/11/2013

A maior empresa privada de inovação tecnológica do País, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR), sediada no Centro histórico da capital pernambucana, chamado de “Porto Digital”, já amargou, em 2009, prejuízos na ordem de R$ 1,4 milhão no Amazonas.

Mesmo diante do período conturbado por que passou, a empresa planeja em breve o seu retorno ao Estado para um novo desafio. Segundo a direção da empresa, a negociação irá movimentar altas cifras no campo da tecnologia, mas o grupo prefere manter o sigilo com a informação. Seu diretor-geral, Sérgio Cavalcante, que passou por situações adversas na vida, chegando a atuar como ator de teatro de fantoche pelas ruas de Recife para garantir seu sustento e sua formação, hoje lidera um empreendimento que movimenta mais de R$ 60 milhões em projetos.

A convite dele, DINHEIRO foi conhecer no meio da semana a estrutura e novos projetos do CESAR que estão em desenvolvimento para os próximos anos.

O CESAR cria produtos, serviços e empresas com Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), desde 1996. De acordo com Sérgio Cavalcante, a instituição desenvolve soluções em todo o processo de geração de inovação e em TICs. Isso envolve desde o desenvolvimento da ideia, passando pela concepção e prototipação, até a execução de projetos para empresas dos mais diversos setores, como telecomunicações, eletroeletrônicos, defesa, automação comercial, financeiro, logística, energia, saúde e agronegócio.

Neste último, encontra-se em processo de implementação um software para monitorar o sistema de irrigação de lavouras, como destacou o gerente de projetos Fábio Maia. “Será a grande evolução na agricultura que poderá quadruplicar a produção de grãos”, enfatizou.

Educação

O CESAR atua também na área educacional, com cursos de extensão, especialização e mestrado profissional em TICs, além de oferecer consultorias tanto para a criação de modelos educacionais inovadoras, como para criação de estratégicas de negócio conectadas com tecnologia. Sérgio Cavalcante destacou ainda que a composição da receita para a fábrica de software da empresa vem crescendo a cada ano. “Em 2008 a receita estava em apenas 3% e, hoje, chega a 10% da receita”, informou.

Atualmente, o Centro de Estudos Avançados conta com 96 projetos voltados para a tecnologia, os quais deverão render ampla contribuição que chega a R$ 85 milhões. Do total de projetos, 43 são de inovação e experimentais a curto prazo. Outros 42 para projetos que o mercado ainda não experimentou e 11 deles são de projetos a longo prazo onde o mercado e a tecnologia ainda não existem.

A diretora administrativa e financeira do grupo, Karla Godoy, revelou que em 2012 o CESAR teve um lucro líquido de R$ 3,111 milhões, já este ano a projeção é para R$ 4,292 milhões. Godoy disse que o foco da empresa para os próximo anos será na educação e consultoria. “Nos próximos cinco anos o faturamento deve chegar a R$ 15 milhões, apenas com a educação, que hoje, esse mesmo segmento atinge R$ 5 milhões”. Karla Godoy informou ainda que o lucro operacional do CESAR chega a 15%, sendo metade deste percentual com cursos e a outra com consultoria.

Ampliando o mercado da inovação

O CESAR agrega aproximadamente 580 especialistas que vão desde engenheiros de sistemas e profissionais de testes a designers da experiência do usuário, administradores e jornalistas. Eles estão alocados em Recife (sede), Sorocaba (SP), Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro.

De acordo com o executivo chefe de Negócios do CESAR, Eduardo Peixoto, a meta da empresa é ampliar ainda mais o segmento e o quadro de especialista por conta do crescimento e demanda do setor. Estima-se que o balanço mundial de gastos no setor da inovação e tecnologia em 2013 chegará a 3,76 bilhões de dólares, um crescimento de 4,1% em relação a 2012. Das categorias do universo tecnológico, como empresa de software, dispositivos (PCs, tablets, telefones celulares e impressoras), serviços de TI, entre outros, o mercado de serviços de telecomunicações é o maior negócio de TIC.

Outro mercado em alta, segundo Peixoto é o segmento automobilístico. “Atualmente este setor sente a necessidade de se conectar com os meios de transportes, são 22 milhões de peças que entram na indústria automobilística todos os dias, porém o setor não tem capacidade própria de se reinventar e ser inovador”.

Envolvido nesse contexto de inovação está o cientista-chefe do CESAR, Sílvio Meira, considerado pela Revista Audi como um revolucionário da tecnologia da informação no País. Ele sintetiza que para ser um verdadeiro inovador, é precisa estar em processo contínuo de aprendizagem. “Para ser o mais apto, é preciso ficar atento às tendências, desaprender conhecimentos ultrapassados e reaprender de acordo com as mudanças do mundo”, destacou.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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