14/11/2022
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vai viajar para a COP27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), nesta segunda-feira (14), para falar ao mundo sobre suas intenções em relação ao meio ambiente e defesa da floresta Amazônica, na cidade de
O petista deverá abordar duas pautas principais: Compromisso com desenvolvimento sustentável, apontando para novos investimentos estrangeiros, porém sem aumentar desmatamento e a soberania da Amazônia por parte dos países latino-americanos que compõem a área oficial da floresta. Ainda há uma expectativa que Lula anuncie o novo ministro do Meio Ambiente.
Desenvolvimento sustentável
Com contribuições feitas por ONGs, membros da sociedade civil e, em especial, projetos da Rede e do PV — que compuseram a aliança lulista —, o presidente eleito se comprometeu a promover o desenvolvimento sustentável no Brasil sem aumentar o desmatamento. Lula também tem prometido aumentar o rigor contra madeireiros, garimpeiros, grileiros e agricultores que invadem terras indígenas e áreas de preservação ou desmatam ilegalmente.
Amazônia e Zona Franca
Às lideranças estrangeiras, Lula deverá mostrar o projeto de adaptação do investimento na Amazônia e em outros ecossistemas importantes e ameaçados, como o cerrado. Ao passo que promete aumentar o investimento na Zona Franca de Manaus, o presidente eleito tem defendido o estímulo a indústrias “mais adaptáveis à biodiversidade local”, como farmacêutica e de cosméticos, que, segundo ele, “usam o que a floresta oferece”.
Outra ideia, voltada ao agronegócio, é a criação do chamado “crédito verde”, com redução de juros e outras facilidades fiscais para empresários que sigam as condições impostas pelo governo e ganhem o “selo sustentável”.
Soberania Amazônica
Lula também defenderá a soberania do território amazônico pelos nove países que integram a floresta. Uma das principais bandeiras do seu governo anterior (2003-2010), o petista pretende retomar uma união entre as nações sul-americanas. Em suas conversas, ele deverá referendar que o meio ambiente e o clima são assuntos globais e devem ser tratados como tal, mas isso não significa que países de outros continentes podem ter ingerência sobre o território.
Ministra?
Também há uma expectativa que o presidente eleito anuncie oficialmente o próximo ministro — ou a próxima ministra — do Meio Ambiente. A equipe de transição não confirma nem desmente a intenção, mas parte do entorno do presidente eleito defende que a indicação pública na conferência seria um gesto internacional. Ainda mais se for a deputada eleita Marina Silva (Rede-SP). Ministra de Lula entre 2003 e 2008, ela é referência internacional sobre meio ambiente.
Fonte: Portal Único