24/09/2014
Estes defendem a estrada como a principal solução logística para o escoamento da produção da Zona Franca de Manaus (ZFM) para as demais regiões do país.
Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a rodovia possui três viabilidades econômicas: aumento da produtividade do Polo Industrial de Manaus (PIM), facilitação do escoamento da produção das pessoas que moram ao longo da BR-319 e atuação dos órgãos da fiscalização para evitar a degradação do meio ambiente.
“Só uma pessoa que desconhece a região é capaz de fazer uma afirmação dessas”, salientou.
Azevedo destacou ainda a importância da BR-319 para a economia do Estado. Conforme ele, a logística reduzirá os custos do escoamento da produção do Amazonas e também da chegada de produtos importados de outras regiões do Brasil.
“Essa questão é uma vergonha nacional porque não temos ligação com o resto do país”, frisou.
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, disse ser preciso que a rodovia esteja em pleno funcionamento para que haja concorrência e competitividade entre os empresários da região.
“Não queremos que seja construída uma nova estrada, visto que ela já existe. Precisamos apenas que seja pavimentada para ser trafegável durante todo o ano”, apontou.
Dos 800 quilômetros da BR-319 que liga o Amazonas à Rondônia, 400 precisam ser restaurados. De acordo com o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bichara, é preciso fazer a manutenção desse trecho para a rodovia funcionar.
“O funcionamento da estrada é importante para escoar nossa produção. E, sem a BR-319, os produtos têm valor agregado. Ou seja, saem mais caros”, enfatizou o dirigente empresarial.
Para o presidente da Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio/AM), José Roberto Tadros, é um absurdo dizer que a rodovia BR-319 não é viável em nenhum aspecto. “É uma rodovia de integração nacional, claro que tem viabilidade econômica, social e ambiental. Além disso, ela já existe, só precisa ser recuperada”, afirmou.
Mobilidade limitada
Economistas contestam a inviabilidade econômica da BR-319. Para o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM), Marcus Evangelista, esse debate é precioso e prioritário para a população e a economia do Estado por se tratar de um modal que limita a mobilidade individual e eleva o custo pela infraestrutura de transporte caríssimo com os modais aéreo e fluvial/marítimo da região.
Segundo ele, a economia que tem o PIM, com um faturamento de mais de R$ 70 bilhões por ano, já é a maior viabilidade econômica para justificar o asfaltamento dos pouco mais de 400 quilômetros da parte central da BR 319.
“No campo da viabilidade social, o simples fato de se ampliar e oportunizar a mobilidade dos cidadãos via terrestre é mais que justificável”, opinou.
Para o economista Erivaldo do Vale, as decisões sobre a BR-319 não devem ser tomadas antes do término dos estudos técnicos, no aspecto social, ambiental e econômico.
Fonte: Amazonas Em Tempo