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Laboratório de 'biclas' portuguesas em Manaus e Teresina

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09/07/2014

A ABIMOTA - Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas Ferragens, Mobiliário e Afins, vai assessorar  a instalação os dois primeiros laboratórios de bicicletas no Brasil, nas cidades de Manaus e Teresina. A associação venceu o concurso público para preparar, certificar e implementar procedimentos de testes e de normalização nos dois primeiros laboratórios de ensaios de bicicletas do Brasil.

A ABIMOTA possui em Águeda o único laboratório acreditado para ensaios de bicicletas e componentes na Península Ibérica.

O mercado brasileiro, "apesar de incipiente está em franco crescimento, sobretudo no segmento das bicicletas de desporto, fruto do espírito olímpico que já se sente no país", diz Paulo Rodrigues, secretário-geral da ABIMOTA.  As capitais do estado da Amazónia (Manaus) e do Piaui (Teresina) serão os primeiros  munícipios brasileiros a dispor de testes de acordo com as normas internacionais por serem os que concentram uma maior produção industrial na área das bicicletas.

O projeto laboratorial faz parte do  Programa Indicativo Regional (PIR) de cooperação da União Europeia com o Mercosul para harmonizar a avaliação do conformidade dos produtos e levou à formação de equipas da ABIMOTA que, a partir de meados de agosto, se instalam no Brasil.

A sua missão consiste "na acreditação dos dois laboratórios  que se encontram em fase de montagem pelas normas europeias" e   validar "procedimentos específicos dos testes a componentes e bicicletas, contribuindo para tornar os produtos mais fiáveis e facilitar a sua exportação para a Europa", diz Paulo Rodrigues.

Este projeto reforça a vocação internacional do Laboratório de Ensaios da ABIMOTA  que já faz um quinto  da sua faturação no exterior.

Negócio da bicicleta acelera


A indústria das duas rodas está em franco crescimento, produzindo uma milhão de bicicletas. Uma larga maioria (80%) destinam-se á exportação, contribuindo com 200 milhões de euros para a balança exportadora. Paulo Rodrigues acentua, todavia, que o valor económico da bicicleta "não se esgota na produção, porque se reflete na organização da cidade, na relação com turismo, saúde e novos materiais".

Um outro aspeto é a ligação da indústria à universidade na pesquisa de novas soluções tecnológicas. A nova realidade do sector levanta novos desafios que "transcendem o universo tradicional da indústria".

Fonte: Portal Sapo.pt

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